Defesa Civil monitora áreas de risco em Guaíba

Defesa Civil monitora áreas de risco em Guaíba

Uma família com seis crianças ficou desalojada e foi levada para um abrigo

Rodrigo Thiel

Uma família com seis crianças ficou desalojada e foi levada para um abrigo

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Em Guaíba, a quarta-feira, 13, foi de monitoramento das principais áreas de risco do município em função da chuvarada e do aumento do nível do Rio Guaíba. No início da tarde, quem esteve na beira do rio, na avenida João Pessoa, no Centro, ficou assustado com a força do vento, da correnteza e, principalmente, da quantidade de entulho que havia no local. 

Já nos bairros, os pontos mais atingidos foram o Loteamento São Jorge, Passo Fundo e Ipê, onde a água atingiu algumas casas. Segundo a Defesa Civil, o nível do rio chegou em 2,40 metros durante a madrugada de quarta, mas à tarde já havia reduzido para 2,15 metros.

Uma família com seis crianças ficou desalojada e precisou ser levada pela Prefeitura até um abrigo montado em uma igreja. O único atendimento emergencial efetuado foi a retirada de casa de uma pessoa acamada no bairro Nova Guaíba, por precaução.

Próximo ao Centro, um deslizamento de terra foi registrado na Rua Pedras Brancas, e já foi interditado pela Prefeitura. Além disso, uma equipe visitou a vazão do rio em uma vala na Rua Ivo Lessa, que foi recentemente desassoreado.

Monitoramento intenso

O coordenador da Defesa Civil de Guaíba, Anderson Gawlinski, destacou que o principal trabalho realizado pela entidade nesta quarta foi o de acompanhar a situação das principais áreas de risco mapeadas. “Temos um controle total destes locais, pois sabemos que temos áreas com possibilidade de alagamento e outras com deslizamentos. Na medida do possível, efetuamos algumas ações pontuais durante o dia”, destaca.

Ele agradeceu também à comunidade que tem abraçado e auxiliado os atingidos pela enchente. Ele citou especialmente uma igreja que cedeu espaço para a criação de um ponto de atendimento de desabrigados e outra igreja que se colocou à disposição para fazer alimentos para estas pessoas. “Temos também toda administração municipal trabalhando em favor da Defesa Civil. Estamos com equipes em todos os bairros atendendo às ocorrências”, completa.

Desassoreamento

Anderson reforçou também a importância do trabalho de limpeza de uma vala na Rua Ivo Lessa. “Se não tivéssemos feito o desassoreamento, com certeza teríamos dois ou três bairros inundados pela água. Além disso, por mais que a gente tenha feito este trabalho, toda a água que vem da região do Taquari veio para a nossa orla, trazendo entulhos, como plástico e animais mortos”. Segundo a entidade, foram 12 animais recolhidos sem vida na orla, entre porcos, vacas e bezerros, além de todo o tipo de entulho.


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