Defesa Civil reforça alerta às comunidades ribeirinhas do RS

Defesa Civil reforça alerta às comunidades ribeirinhas do RS

Por conta do ciclone extratropical, pelo menos 29 pessoas ficaram feridas

Felipe Samuel

Coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira alerta moradores de comunidades ribeirinhas

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Em razão do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul, a Defesa Civil do RS informa que 61 municípios já relataram prejuízos provocados pela queda de granizo, chuvas e vendaval. A tempestade deixou 29 feridos, a maior parte na cidade de Sede Nova, na região do Celeiro, que contabilizou 15 pessoas feridas. Uma pessoa morreu em Rio Grande em decorrência do ciclone. Um corpo, encontrado nesta sexta-feira, aguarda necropsia para confirmar se o óbito tem relação com os efeitos das chuvas. O subchefe da Casa Militar e Proteção, coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, afirmou nesta sexta-feira que as consequências da passagem do ciclone devem ser observadas nas próximas horas nas regiões ribeirinhas.

Conforme Oliveira, isso ocorre porque muitos rios já estão saindo da calha, o que deve provocar inundações principalmente na região dos vales. “Como rescaldo da chuva intensa estão acontecendo inundações no Estado. Alguns municípios já estão noticiando esses efeitos, com os rios saindo de suas calhas e atingindo suas comunidades, especialmente as comunidades ribeirinhas”, ressalta. Oliveira afirma que Sede Nova foi o município mais afetado pelo ciclone, com os serviços públicos prejudicados. Por isso, deve decretar situação de calamidade pública.

“Já encaminhamos ajuda humanitária que chegou na quinta-feira. Equipes da Defesa Civil e secretarias realizam um trabalho transversal para ajudar aquela comunidade e todas as cidades que têm solicitado apoio do estado”, afirma. Até o início da tarde, a Defesa Civil contabilizava 425 desabrigados e 433 desalojados. Com a elevação do nível dos rios, esse número deve aumentar. “As pessoas não querem sair das suas residências. E quando são informados que terão suas casas invadidas pelas águas é porque tem um trabalho todo técnico por trás disso”, adverte.

Segundo Oliveira, a Defesa Civil mantém monitoramento do nível das águas. “Já sabemos o que vai acontecer porque estamos acompanhando o movimento dessas águas em especial nos locais que os rios estão saindo das sua calhas. Então é importante que as pessoas atendam a essas solicitações. As prefeituras estão estabelecendo abrigos públicos para que essas pessoas possam se deslocar para lá”, conclui.


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