Defesa Civil segue monitorando situação do Arroio Chuí

Defesa Civil segue monitorando situação do Arroio Chuí

Com a previsão de mais chuvas a tendência é de alta

Angélica Silveira

Na manhã desta quarta-feira, com tempo nublado o arroio estava 4,34 m acima do nível

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As chuvas constantes ocorridas ainda na terça-feira causaram transtornos pontuais e deixaram a Defesa Civil do Chuí ,na fronteira com o Uruguai, em estado de atenção. Conforme o coordenador municipal, Luiz André Pereira da Silva, o Arroio Chuí segue subindo. Na manhã desta quarta-feira estava com 4,34m.

"Ontem (terça-feira) tivemos alagamentos em vias pública, mas a água não chegou às casas, pois a secretaria municipal de obras realizou a desobstrução de bueiros, utilizando máquinas e funcionários. O problema é o Arroio que ontem já subiu mais de um metro e hoje (quarta-feira) segue subindo", observa. Segundo ele o nível que ás 10h estava em dois metros, ás 14h passou para 2,7m, no final da noite estava em 3,4m e na manhã desta quarta-feira chegou a 4,34m. "Não há casas alagadas, nem ninguém desalojado ou desabrigados, mas ele sai do leito acima dos 4,5,m, então devemos ter atenção pois ainda há a previsão de chuva", pondera. Na terça-feira a cidade teve vários episódios de pancadas fortes de chuva, totalizando 105 milímetros. O vento chegou a 60km/h. Um poste de alta tensão ficou avariado, tendo risco de queda, mas já foi recolocado no lugar.

Na cidade vizinha de Santa Vitória do Palmar, em algumas localidades foram registradas 150 mm de chuva. Duas casas foram parcialmente destelhadas, uma delas está localizada no Balneário do Hermenegildo, onde ocorreu rajadas de vento forte. A defesa civil colocou lona e a moradora se abrigou na casa de parentes. Outra residência, localizada no centro da cidade, foi alagada devido ao entupimento de esgoto e o alto volume de chuva. Os moradores também foram para a casa de familiares.

Em relação à colheita do arroz, a Defesa Civil municipal afirmou que deverá ocorrer problemas. Em contato com o Sindicato Rural e Associação de Arrozeiros, confirmou que muitas lavouras que estavam prontas para a colheita tendem a acamar e debulhar devido ao vento forte. Além disso, as estradas rurais que vinham recebendo melhorias, em uma parceria da Secretaria de Agricultura do município com produtores, sofreram muito com o volume de água, o que trará dificuldades no escoamento da safra.

Em Rio Grande, durante a madrugada desta quarta-feira, os ventos chegaram a 70,92 km/h e o volume de chuva registrado foi de 54,8 milímetros. Com isto, a Defesa Civil do município recebeu 12 chamados relacionados a quedas de árvores e outros cinco referentes a fios e postes de energia elétrica. A cidade registrou 12 pessoas desalojadas que tiveram suas casas destelhadas.

Em Encantado, os moradores foram orientados pela Coordenadoria Municipal a sair das residências, até ser avaliado o risco por geólogo e engenheiro da Prefeitura. Além disso, ocorrência de movimentação de massa em área habitada. Na madrugada, o Corpo de Bombeiros Militar atuou no local, realizando o resgate de animais domésticos. Até o momento, foram registrados danos materiais, os quais estão sendo avaliados em conjunto pelo geólogo da Prefeitura da cidade e pela equipe da Coordenadoria Municipal. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Roberto Preto, o que aconteceu foi um pequeno deslocamento de rochas, bem pontual, que afetou uma casa. "Por segurança foi interditada essa casa e as duas vizinhas", informa.


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