Definido consórcio que vai indicar como despoluir o Arroio Dilúvio, em Porto Alegre

Definido consórcio que vai indicar como despoluir o Arroio Dilúvio, em Porto Alegre

Projeto vai custar R$ 4,49 milhões; três propostas concorriam

Rádio Guaíba

Processo é primeira etapa para encaminhar uma eventual despoluição

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O consórcio Regeneração Urbana Dilúvio, formado pelas empresas Profill, Consult e Pezco, venceu a licitação que vai elaborar os estudos para a implementação da Operação Urbana Consorciada na avenida Ipiranga, que tem como objetivo principal a despoluição do Arroio Dilúvio. Três propostas concorriam, e venceu a que ofereceu o menor valor. O secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, explica que, superada a fase de eventuais recursos das perdedoras, a prefeitura vai ter condições da dar a ordem de início do trabalho.

A prefeitura vai investir R$ 4,49 milhões nos estudos de modelagem da operação consorciada, que prevê uma regulamentação específica para a região. Os recursos para recuperar o Dilúvio virão do leilão do solo criado, certificado que o empreendedor paga para construir prédios mais altos em uma cidade.

“Eles (empresas vencedoras) terão prazo para fazer essa entrega, de 18 meses. Serão feitos todos os estudos ambientais para identificar a solução mais apropriada para fazer a recuperação ambiental da área, as fontes poluentes, o grau de cada uma dessas fontes, o faseamento necessário dessas obras ao longo dos anos, a análise urbanística de impacto com a vizinhança. O processo público de debate com a cidade também está dentro dessa contratação… as audiências públicas, oficinas, enfim, para a gente, de fato, modelar urbanisticamente o que que vai poder ser feito”, detalhou Bremm, em entrevista à Rádio Guaíba.

O projeto, anunciado em 2022 pelo prefeito Sebastião Melo, deve viabilizar novas construções no entorno da avenida, além de garantir recursos para a despoluição do arroio. Vão ser analisadas as condições necessárias para ampliar o potencial construtivo das edificações ao longo a Ipiranga, com suporte ao aumento populacional e desenvolvimento econômico, além de estudos sociais, demográficos e de impacto ambiental.

Ainda conforme Bremm, a área vem sofrendo com a degradação e a poluição, mas, ao mesmo tempo, continua sendo um ponto estratégico, já que, geograficamente, conecta hospitais, shopping centers, universidades e a orla do Guaíba. “No entanto, o investimento para recuperarmos aquela área é muito significativo. O recurso público é bastante escasso, grande parte dele sempre é direcionado para atender as demandas de saúde, de segurança, de educação. Por isso, a gente busca essa modelagem de operação urbana consorciada, a contratação de uma empresa, ou um consórcio de empresas, para fazer uma modelagem e atrair a iniciativa privada a financiar a recuperação ambiental desse arroio e a implantação de um parque linear em cima dele”, esclareceu.


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