Demolição de casas para ampliação do HPS entra na etapa final em Porto Alegre

Demolição de casas para ampliação do HPS entra na etapa final em Porto Alegre

Empresa responsável pelos trabalhos deverá proceder com a remoção dos entulhos

Felipe Faleiro

Contrato da SMS com empresa terminaria em julho, mas companhia pediu prorrogação

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No último dia 15, a empresa Base Demolições e Serviços, de Porto Alegre, iniciou a demolição de cinco imóveis, onde no passado funcionavam estabelecimentos comerciais, na rua José Bonifácio, no outro lado do Parque da Redenção, e atrás do Hospital de Pronto Socorro (HPS), para possibilitar a futura ampliação da unidade de saúde. O contrato, de pouco mais de R$ 229 mil, é válido tanto para a remoção dos empreendimentos, quanto dos entulhos resultantes, bem como o transporte, e, diante da finalização do prazo, em 24 de julho, a empresa pediu prorrogação do mesmo.

Durante a análise dos documentos do pregão, a companhia que ficou em segundo lugar na licitação chegou a entrar com recurso contra a vencedora, alegando que o valor descrito em um item no contrato era 99% mais baixo do que o previsto inicialmente. A vencedora, por sua vez, alegou que houve um erro de digitação, explicação acolhida pela Diretoria de Licitações e Contratos da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (DLC/Smap), que indeferiu o documento recursal.

A demolição já foi feita, conforme disseram funcionários da obra hoje pela manhã, mas grande parte do material das antigas construções segue na área. “Se tudo der certo, conseguimos retirar em um dia”, afirmou um deles, Guido Hahn, que estava no local. De acordo com ele, a retroescavadeira que fazia o serviço estragou, e a empresa precisou convocar outra, que ainda não havia aparecido. A empresa instalou divisões provisórias para separar a área da rua, e deve colocar tapumes em breve.

Ocorre que este não é o único problema. A empresa responsável, durante a demolição, ainda teria danificado a parede do condomínio comercial ao lado, segundo afirmou a zeladora do edifício, Marilene Grieger. “Conversamos entre nós e obtivemos até alguns orçamentos para o conserto. Não nos importamos em pagar, mas alguém vai precisar arcar com a responsabilidade. Além disto, existe um cheiro insuportável por aqui”, comentou ela, se referindo, por último, ao tráfego constante de pessoas em situação de rua pelo entorno.

Depois da retirada dos materiais, a área será isolada, e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) parte para uma nova etapa do projeto, que ainda está sendo desenvolvido, mas já se sabe que se trata da montagem do laudo estrutural e a obtenção de recursos para a ampliação em si. A ideia é garantir o espaço, que antes havia sido desapropriado pela Prefeitura, às novas obras do hospital. Na tarde desta quinta, a SMS deve se reunir com a direção do HPS para novos alinhamentos.


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