Dengue está controlada no sul do Estado

Dengue está controlada no sul do Estado

Quatro casos da doença foram registrados em Rio Grande e outros quatro em Pelotas

Angélica Silveira

Em Pelotas, a pulverização com inseticida é uma das formas de combater o aedes aegypti

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O aumento nos casos de dengue neste início de tem assustado várias cidades do Estado e do País, mas na região sul a situação é diferente. Segundo a coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, Milena Pinto Hoffmann a situação é controlada no sul do Estado. "Mesmo assim não podemos baixar a guarda", pondera.

Ela confirma que está sendo realizado um trabalho de monitoramento, conscientização e acompanhamento constante da situação das 21 cidades que integram a 3ª CRS, "Desde que foi decretado no Estado a pandemia, a nossa região está sendo monitorada diariamente. No geral está controlado. A prevenção vem antes dos casos e estamos trabalhando com isto, para não aumentar nem virar o caos", destaca.

Para ela, o foco tem que ser a prevenção para que as pessoas fiquem em alerta também. "Estamos trabalhando muito com os municípios a questão da prevenção. Desde a situação de epidemia no Estado, mesmo a nossa região não estando em estado mais crítico, comparada a outras regiões do Rio Grande do Sul não abrimos mão da prevenção, de estarmos sempre vigilantes", observa.

A Coordenadora do programa de vigilância e controle do aedes aegypti da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, Jacqueline Cantarelli confirma que o trabalho é de conscientização com a população. "Trabalhamos com os municípios, estamos diariamente trabalhando com eles conscientizando a população quanto a eliminação de criadouros, de não deixar a água acumular em pratinhos, em pneus. Encontramos muitos focos em ralos de banheiros desativados. É um trabalho de rotina", afirma.

Para conseguir conter o avanço da doença é necessário eliminar o vetor. "É um trabalho básico da Vigilância Ambiental", destaca. Dos 21 municípios da região temos 11 infestados pelo mosquito ( Pelotas, Rio Grande, São José do Norte, São Lourenço do Sul, Canguçu, Jaguarão, Pedro Osório, Herval, Santana da Boa Vista, Pinheiro Machado e Capão do Leão).

Rio Grande

Em Rio Grande, até esta quinta-feira haviam sido registrados oito focos do mosquito. Destes dois no Distrito Industrial, três no bairro Cidade Nova, outros dois na área do aeroporto, um no bairro Santa Rosa e 21 notificações com suspeita de dengue. Destes oito foram descartados e nove ainda aguardam resultado dos exames. "A situação está tranquila perto de outras cidades, mas é bom as pessoas manterem a atenção. Ficarem alerta, evitando qualquer objeto que possa acumular água", alerta a Coordenadora da Vigilância Ambiental Municipal, Márcia Pons.

Ela confirmou que devido as notificações, há 13 pesquisas vetorial especial em andamento. "Cada notificação pode gerar até três ou quatro pesquisas do tipo. Pois cada local que o paciente esteve, e permaneceu pode ser onde ele contraiu a doença. Então se faz a pesquisa vetorial especial (PVE) avaliar foco, paciente com sintomas, se tem presença do mosquito alado", explica Márcia.

Pelotas

Na maior cidade da região, até a manhã desta sexta-feira, 38 focos do mosquito haviam sido encontrados. Eles estavam nos bairros Fragata, Três Vendas, Barragem, Praia do Laranjal, Centro, Simões Lopes. Nesta semana, a Prefeitura realizou a pulverização com o inseticida Fluroda para auxiliar no controle do aedes. O trabalho foi feito em diferentes pontos e estabelecimentos comerciais localizados no bairro Simões Lopes, onde foram identificados focos do mosquito.

Casos de Dengue

Até a manhã desta sexta-feira, desde o início deste ano há oito casos de dengue confirmados na região. Quatro em Pelotas, sendo um autóctone ( contraído no próprio município) e outros quatro em Rio Grande, sendo dois autóctones e o restante importado.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895