Desafios e frustrações persistem após alagamentos no Acampamento Farroupilha

Desafios e frustrações persistem após alagamentos no Acampamento Farroupilha

GAM3 Parks, concessionária responsável pelo parque, garantiu que a revitalização na rua Maria Pimpim ocorrerá nesta tarde

Paula Maia

Frequentadores dos piquetes aguardam os reparos na drenagem do acampamento

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A situação no Acampamento Farroupilha ainda está por ser completamente resolvida após os transtornos causados pelos alagamentos. Alguns donos e frequentadores dos piquetes na rua Maria Pimpim expressaram a sua indignação com a situação atual, que ainda mostra sinais de água e valas abertas para a manutenção da drenagem.

Cleber Doyle, patrão do piquete É o Tchê, estava, na manhã desta terça-feira, fazendo alguns consertos no piquete e lamentou a realidade presenciada no início desta semana. Ele afirmou que foi uma regressão significativa na estrutura do local, comparando-a a um período de uma década atrás. “Nesse momento eu posso te dizer que a gente retrocedeu, a gente retrocedeu pelo menos uns 10 anos em questão de estrutura aqui”, afirmou.

Doyle comentou das expectativas geradas o ano todo em relação ao acampamento e citou que costuma tirar férias nesse período para se dedicar totalmente aos eventos realizados no local. Ele garante que as expectativas com estrutura do acampamento, neste ano, eram as melhores, e que o que aconteceu poderia ter sido evitado com um melhor planejamento. Ele ainda ressaltou que aguarda a finalização do conserto até o final do dia, mas não acredita que ele será concretizado. Desta forma acabou cancelando um jantar que estava programado.

“Providenciaram brita para frente, mas não foi suficiente, porque foi bastante água. Hoje de manhã que eles terminaram de tirar a água, o banheiro não dava para usar.”

Charles Torres Zanchet, responsável pelo piquete Fraternidade Gaúcha, comentou que os problemas de drenagem no parque poderiam ter sido evitados, mas que a comissão dos festejos está prestando apoio aos piquetes afetados. Ele garantiu que o seu piquete não “teve grandes perdas” e que segue na organização e programação previamente estipulada, e que a atenção deve ser voltado aos demais piquetes que ainda necessitam de apoio.

Outro frequentador do acampamento, que preferiu não se identificar, afirmou estar com vergonha do que aconteceu. E diz acreditar que a parte do esgoto realizada pela empresa não está totalmente pronta. “Eles fizeram por cima do que existia de canalização um aterro, compactaram e não deixaram as bocas de lobo. E a instalação nova deles não está pronta, o esgoto deles não está pronto. Deixaram uma bacia formada para um lago, levantaram as ruas e onde os piquetes foram colocados, encheu d'água, ficou uma piscina”, desabafou

De acordo com a GAM3 Parks, concessionária responsável pelo parque. “houve a obstrução de caixa pluvial numa área específica” e que o problema foi sanado na segunda-feira. A empresa garante a revitalização da rua Maria Pimpim ainda nesta terça-feira. Sobre os prejuízos materiais registrados por quatro piquetes, dos 15 afetados pelo alagamento, a GAM3 afirma que eles serão ressarcidos.


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