Diretor da Carris admite retenção de coletivos em outros locais de Porto Alegre por causa de greve

Diretor da Carris admite retenção de coletivos em outros locais de Porto Alegre por causa de greve

Maurício Cunha afirmou que medida foi tomada como prevenção e para garantir o atendimento da população

Correio do Povo

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Após as primeiras horas da paralisação dos rodoviários da Carris, o diretor-presidente da empresa, Maurício Gomes da Cunha, relatou à reportagem da Record, nesta segunda-feira, que houve a retenção de pelo menos 30 ônibus da companhia em outros locais de Porto Alegre. Segundo ele, a medida foi tomada como prevenção para garantir o atendimento da população. 

"Sim, fizemos essa retenção. Trinta ônibus saíram do Porto Seco e outros 102 precisam sair daqui da Albion (rua que abriga a sede da Carris). Só que notamos a ausência de 20 veículos e de 20 motoristas, que não vieram. Isso é uma responsabilidade que não é nossa", afirmou Cunha. "A porcentagem de 60% têm de circular independente da onde saiam", completou em referência à decisão junto ao Tribunal Regional do Trabalho. 

Questionado sobre a paralisação que pretendia evitar a privatização da Carris, Cunha entende que a manifestação é política. "A gente fica sem compreender. É um movimento sem causa porque o que eles pediram na mesa de negociação, eles (Sindicato) levaram, que era estabilidade por 12 meses após privatização. A estabilidade estava destinada a 718 funcionários, de acordo com o edital. Nas tratativas, a medida foi estendida para 100% dos funcionários. Ainda colocamos uma indenização com 12 meses de salário, mas isso não foi aceito", completou Cunha.   


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