Dmae garante que não há presença de algas no Guaíba, em Porto Alegre

Dmae garante que não há presença de algas no Guaíba, em Porto Alegre

Comuns em período de estiagem, materiais orgânicos não estão presentes no momento na água captada na Capital

Felipe Faleiro

Nível do Guaíba está mais baixo do que o habitual em razão da seca

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O nível do Guaíba estava em 32 centímetros na manhã desta terça-feira, abaixo da média histórica normal para o mês de janeiro, e o segundo mais baixo do ano até o momento, conforme a régua de medição no Cais Mauá, mantida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). E se, na semana passada, moradores de Guaíba, na região Metropolitana, comentaram que poderia haver o início da proliferação de algas, que deixam a água turva e com mau cheiro, o mesmo não ocorre neste momento em Porto Alegre, conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).

De acordo com a assessoria de Comunicação do órgão, a saída do rio Gravataí está bastante contaminada, mas nada fora do comum foi registrado na área do Guaíba até o momento. Não há, também, por ora, dificuldades na captação, realizada na Capital em seis Estações de Bombeamento de Água Bruta (EBAB), cinco deles no Guaíba e um no rio Jacuí, atendendo 100% da população em áreas regulares.

De forma geral, de acordo com o Dmae, o baixo nível da água, ocasionada pela estiagem prolongada, pode causar proliferação de agentes orgânicos, tais como ocorreu em fevereiro de 2018, quando macrófitas, ou aguapés, além de cianobactérias, causaram esverdeamento da água do Guaíba. Laudos anteriores do Dmae afirmavam que a proliferação destes orgânicos era causada pela redução do volume de água no manancial, somado à redução da turbulência no curso d’água, tornando a mesma mais límpida, e ainda maior penetração dos raios solares.

Mesmo assim, na ocasião, o departamento garantiu a qualidade do tratamento. Ainda assim, é preciso atenção para novas ocorrências do tipo. Hoje, são mais de 730 mil economias ativas em Porto Alegre, com mais de 212 milhões de metros cúbicos (m³) tratados, e a presença de 101 reservatórios. Ainda, há 87 Estações de Bombeamento de Água Tratada (EBAT) e mais de 4,2 mil quilômetros de redes espalhados pela Capital.


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