Dmae nega alterações no gosto ou odor da água do Guaíba após presença de algas

Dmae nega alterações no gosto ou odor da água do Guaíba após presença de algas

Níveis dos rios novamente apresentam queda nesta terça-feira com baixo índice de chuvas

Felipe Faleiro

Guaíba no bairro Vila Assunção apresenta um tapete verde na superfície

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O Dmae negou nesta terça-feira ter recebido relatos de mudanças nas características da água nesta região, como odor ou gosto, e ainda informou ser incomum haver alterações nesta região da cidade. A régua de medição do Cais Mauá, localizada no Centro Histórico de Porto Alegre, no Guaíba, alcançou nesta terça-feira pela manhã a marca de 56 centímetros. No terminal hidroviário da CatSul, no município de Guaíba, foram 55 centímetros. Já no trapiche da Praia da Pedreira, no interior do Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, 27 centímetros. Na Vila Assunção, na zona Sul da Capital, a seca faz com que haja de plantas aquáticas verdes sobre o leito do curso d’água.

Neste bairro, trabalha em um condomínio a doméstica Maria Lúcia Dias, moradora da Hípica. Segundo ela, há quem utilize filtros para poder consumi-la, pois naturalmente a água se apresenta com aspecto barrento. “Certamente preocupa um pouco a questão da estiagem. O nível está mais baixo, mas já esteve pior”, apontou Maria. No entanto, segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), é comum haver vegetação no local, devido à estiagem.

Já no rio Gravataí, a Prefeitura de Cachoeirinha busca a liberação de outro local para deposição do lixo retirado do leito, em São Leopoldo ou Gravataí, já que o aterro sanitário do município está praticamente lotado. 

Segundo a FDM Engenharia, empresa que realiza o serviço de remoção, para seguir depositando nesta área, a Administração teria de preparar novas áreas para o lançamento dos detritos, aplainando, colocando lonas e recobrindo com areia ou cobertura similar. Com o impasse, a velocidade de retirada dos resíduos diminuiu hoje, porém sem interrupções. Seguem também as duas barreiras de contenção junto ao píer da Praça do Ecoturismo, para que o lixo não avance no leito do Gravataí.

 

Depois de remover o material do mesmo, o trabalho irá se estender para a remoção dos resíduos nas margens. Há dificuldade em acessar a área original do lixo, devido a árvores caídas no curso d’água, que também é estreito para a passagem de embarcações maiores. No Gravataí, a régua de medição do Balneário Passo das Canoas, em Gravataí, mantida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), alcançou a marca no início da manhã de 1,78 metro, e 1,73 metro em Alvorada, na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan. 

No rio dos Sinos, a medição da Agência Nacional de Águas (ANA) em Campo Bom registrou 1,59 metro no nível da água. No Centro de São Leopoldo, a marca era 86 centímetros, com vazão de quase 20 metros cúbicos por segundo (m³/s). Já na foz do rio Paranhana, no município de Taquara, o registro foi de 60 centímetros. Em Novo Hamburgo, a aferição da Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) exibiu a marca de 2,55 metros.


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