Dobra o número de acidentes com mortes de idosos em Porto Alegre

Dobra o número de acidentes com mortes de idosos em Porto Alegre

Até agosto deste ano, já foram registrados 16 óbitos, enquanto em 2022 foram oito no mesmo período

Caroline Garske

Incidência de ocorrências com o público de mais de 60 anos é motivo de preocupação

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O número de mortes de idosos em acidentes de trânsito, principalmente atropelamentos, dobrou neste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) mostram que, até agosto de 2022, foram contabilizados oito óbitos, enquanto até agosto deste ano já foram 16 registros.

A incidência destas ocorrências com o público de mais de 60 anos é motivo de preocupação. O presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto, diz que os acidentes com mortes do público geral reduziram aproximadamente 12%. “Neste ano tivemos 42 vítimas e no ano passado, no mesmo período, foram 48”, salienta.

Apesar dessa diminuição no geral, quando o público em questão é o idoso os números assustam. “Nosso cuidado número um é com relação aos pedestres, e o público de maior incidência é o público 60+. Porque as pessoas de mais idade têm mobilidades, sentidos, como audição e visão, prejudicados. Por isso, é um público prioritário e damos atenção total na educação, com vistas a preservar a vida dessas pessoas.”

De acordo com Neto, os familiares, conhecidos ou cuidadores devem estar atentos. “A pessoa de idade naturalmente tende a ser um alvo mais fácil para o acidente, por isso é preciso ter essa atenção. Foram 16 vítimas num universo de 42”, acrescenta o presidente da EPTC. 

Outubro é considerado o mês do idoso e, para continuar falando sobre os cuidados no trânsito, o presidente da EPTC diz que um material educativo está sendo preparado para abordar a temática e tentar reduzir tais índices. “Precisamos focar nessa questão dos idosos, porque se a gente quiser garantir números que até o final do ano sejam declinantes, como parecem que estão sendo, temos que focar onde está havendo a maior falha”, acrescenta. 


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