Economia prateada é pauta no Summit 60+

Economia prateada é pauta no Summit 60+

Além na conexão do público sênior e empreendedores, o evento realizado na Fábrica do Futuro tratou do fortalecimento e empoderamento do público 60+

Paula Maia

No Summit 60+ idosos e empreendedores se reuniram para falar sobre temas como inclusão digital, empreendedorismo e aprendizado contínuo

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A primeira edição do Summit 60+ lotou a Fábrica do Futuro, em Porto Alegre, nesta terça-feira. Com foco na aproximação do público sênior e empreendedores de diferentes mercados e no direcionamento de produtos e serviços ofertados, o evento é uma parceria entre o Sebrae RS, Sesc/RS, Koala Hub e a startup Tripto 360.

A coordenadora estadual do trabalho social com pessoas idosas do SESC-RS, Michele Silveira, ressaltou que esse evento surgiu para figurar como uma proposta inovadora na área de empreendedorismo, inclusão digital e o notável saber das pessoas idosas no que se refere à inovação em serviços e oportunidades de negócios para os 60+.

“Esse evento também nasce de uma necessidade. Precisamos fomentar a questão de melhoria de políticas públicas para a pessoa idosa. Esse evento vem justamente para empreendedores também pensarem nesse mercado da economia prateada e também para empoderarmos e dar protagonismo para as pessoas idosas poderem se inserirem e continuarem essa jornada de empregabilidade”, resumiu.

O diretor da Koala Hub Guilherme Menezes afirmou que o setor da economia prateada tem muitas oportunidades que ultrapassam a área da saúde. “Existem muitas outras oportunidades fora aquilo que é o natural de agente pensar. Temos que entender quais são as necessidades para pode desenvolver negócios”, explicou.

Uma das principais apresentações do evento foi a pesquisa inédita "Oportunidades na Economia Prateada para Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul", realizada pelo Sebrae.

A coordenadora de projetos de saúde do Sebrae RS, Ana Paula Rezende, falou sobre essa pesquisa que mapeou oportunidades e desafios no setor da economia prateada, que engloba serviços, produtos e soluções para pessoas com mais de 50 anos. Entre os segmentos mapeados no estudo estão: alimentos, bebidas, moda,, beleza, turismo, tecnologia, saúde e bem-estar.

Na Paula ressaltou a importância dos empreendedores criarem novas soluções que atendam às demandas desse grupo diversificado. “Você continua no teu modelo de negócio, só abre mais uma oportunidade nesse negócio para atender esse público”, explicou.

A economia prateada, que representa todo o conjunto de serviços, produtos e soluções de consumo voltados para as pessoas com mais de 50 anos, é considerada a terceira maior atividade econômica global, movimentando US$ 7,1 trilhões anualmente. O Brasil também apresenta um grande potencial nesse mercado, com um público de mais de 50 anos movimentando R$ 2 trilhões por ano em consumo de produtos e serviços. Esse público representa 23% do consumo de bens e serviços no país, com uma renda anual estimada em R$ 940 bilhões.

O evento demonstrou a importância e o potencial desse mercado, incentivando o desenvolvimento de soluções inovadoras para atender às necessidades das pessoas acima de 50 anos e promovendo a inclusão digital e o empreendedorismo nesse segmento


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