Elevação do custo da cesta básica bate recorde em setembro em Santa Cruz do Sul

A variação do custo da cesta básica nacional em Santa Cruz do Sul teve aumento de 3,44% no período de 17 de setembro a 8 de outubro. Com isso, o valor do conjunto de produtos passou de R$ 439,69 para R$ 454,84. O índice representa novo recorde histórico desde o início do levantamento em 2004 pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

Dos 13 produtos pesquisados no levantamento, seis apresentaram redução, um ficou estável (pão francês) e os demais itens apresentaram elevação de preço. Com o aumento de R$ 15,15, o valor da cesta básica teve crescimento de 7,60% no ano de 2020 e, no comparativo de 12 meses, está 20,84% mais cara que em outubro de 2019, uma elevação da ordem de R$ 76,33.

O economista Sílvio Arend, coordenador do estudo, informou que as maiores contribuições para a elevação do custo da cesta básica foram do tomate (contribuição de 4,46%), do arroz (0,39%) e do feijão preto (0,13%). Conforme Arend, o arroz, tão em voga nas últimas notícias, teve uma elevação de mais 10,87%, acumulando alta de 58,30% em relação ao levantamento de março. Os produtos que mais contribuíram para segurar a elevação do custo foram a carne bovina (contribuição de –0,67%), a batata inglesa (–0,66%) e o leite tipo C (–0,27%).

Com este custo para a cesta nacional, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebeu no início deste mês o salário mínimo precisaria ter trabalhado 95,75 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos, ou seja, 3,19 horas a mais que em setembro. A partir dos gastos com alimentação, o salário mínimo estimado para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família no município, pela metodologia utilizada pelo Dieese, deveria ter sido de R$ 3.792,46 no mês de setembro, pago no início de outubro, para uma família composta por dois adultos e duas crianças, conforme o estudo da Unisc.