Elevação do rio Uruguai preocupa municípios da Fronteira Oeste do RS

Elevação do rio Uruguai preocupa municípios da Fronteira Oeste do RS

Quatorze famílias estão abrigada no Ginásio Cleto Dória Azambuja, em São Borja

Fred Marcovici

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A elevação do rio Uruguai preocupa prefeituras de municípios da Fronteira Oeste. São os casos de São Borja, Itaqui e Uruguaiana. Apesar do tempo bom nesta segunda-feira, a região ainda se preocupa com a eventua volta da instabilidade. 

Em São Borja, de acordo com o coordenador da Defesa Civil, Moacir Tiecher, o rio Uruguai atingiu 10,53m e está crescendo. A área do Cais do Porto está alagada. Até agora, 19 famílias (57 pessoas) foram removidas, no entorno do bairro do Passo, pela equipe da Secretaria de Infraestrutura. Algumas famílias estão sendo assistidos no Ginásio Cleto Dória de Azambuja. Conforme Tiecher, a boa notícia chega de Alto Uruguai e Itapiranga, na cabeceira, pontos em que o rio começou a ceder.

Em Itaqui, o rio Uruguai medindo 8,86m (crescendo média de 1,2cm/hora), somando meio metro além da cota de inundação que é de 8,30m. Conforme o tenente Valdemarino do Amaral, coordenador da Defesa Civil, cinco casas volantes, usuais na cidade, estão sendo tracionadas para pontos mais altos das margens do rio e uma família foi removida para um abrigo transitório.

Parcerias com os centros comunitários para eventual assistência a desalojados está firmada. A estrada vicinal de acesso à localidade do Pintado, no entorno do arroio Cambaí, permanece com o trânsito bloqueado devido ao volume de águas do Uruguai. O escritório da Vigilância Sanitária está atendendo apenas presencialmente, devido às chuvas terem danificado o sistema de telefonia. 

Nesta segunda-feira será definida a manutenção ou não do serviço da balsa que liga Itaqui a Alvear na Argentina.

Uruguaiana 

Em Uruguaiana, na segunda-feira de sol entre nuvens, o rio Uruguai superou a cota de inundação de 8,30m, passando a medir 8,67m acima do nível normal. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Woutheres, há oito famílias (18 adultos e sete crianças), dos bairro Mascarenhas de Moraes e Santo Antônio, afetadas pelo manancial. Quatro delas levadas ao pavilhão do Centro Esportivo Zona Leste que recebe os núcleos familiares e às demais procuraram casa de parentes ou barracas. Novos grupos devem ser removidos nas próximas horas.

Alegrete 

Em Alegrete – o rio Ibirapuitã, nesta segunda-feira, com 10,68m, recua uma média de 1,5cm por hora, mas ainda superando e em muito a cota de inundação que é de 9,70m. O pico chegou atingir 11,14m. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Renato Grande, há 23 famílias desabrigadas e 56 desalojadas – somando 225 pessoas, incluindo crianças. Os bairros Santo Antônio, Vila Nova, Promorar, Canudos, Vila Izabel e Macedo são os mais afetados pelas águas. O Exército Brasileiro vem atuando no apoio aos órgãos municipais. Estão ativados o Ginásio do Instituto de Educação Oswaldo Aranha e o antigo posto do bairro Macedo atendendo os núcleos ribeirinhos atingidos.  


Correio do Povo
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