Em estado de greve, servidores da Defensoria Pública do RS preparam ato por reajuste salarial

Em estado de greve, servidores da Defensoria Pública do RS preparam ato por reajuste salarial

Nova paralisação irá ocorrer em 16 de maio, com ato na Assembleia Legislativa do Estado

Kyane Sutelo

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Os servidores da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE/RS) decidiram se manter em estado de greve e realizar nova paralisação em 16 de maio, com ato na Assembleia Legislativa gaúcha. O objetivo é pedir aos deputados que pressionem a DPE/RS a enviar projeto de lei com o mesmo índice de reajuste oferecido aos servidores do Tribunal de Justiça do RS e do Ministério Público, de aproximadamente 12%. 

Conforme o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Defensoria Pública do Estado (Sindpers), Thomas Nicolas Vieira, os deputados têm pedido que as instituições enviem projetos de reajuste de servidores, como condição para votarem as propostas de reajustes dos membros. “A expectativa é de que a gente consiga um diálogo bastante bom com as lideranças parlamentares e que consiga pressionar o defensor público-geral a se posicionar”, disse o representante da categoria.

Os servidores reivindicam ainda garantia de direitos previstos pela lei 15.942, como auxílio-creche, adicional noturno e gratificação por difícil provimento, que seria ofertada a profissionais que atuam em locais com dificuldade de acesso. A categoria está em estado de greve desde 24 de março, executando calendário de paralisações em diversos municípios do Estado.

Uma nova assembleia será feita em 19 de maio, um dia após a próxima reunião da comissão da DPE/RS responsável por negociar com a categoria. Os trabalhadores esperam que a administração responda, na ocasião, detalhes solicitados pelo sindicato, sobre o pagamento de benefícios. A categoria também aguarda que sejam entregues os estudos realizados pela administração sobre o auxílio-saúde.

O Sindpers destaca que não é contrário ao aumento dos subsídios aos defensores públicos. O presidente do sindicato argumenta que a categoria reivindica que o aumento não pode ser feito “de forma isolada”, ignorando a necessidade de orçamento da instituição para garantir os direitos dos demais trabalhadores.


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