Em evento do LIDE RS, Aegea promete investimentos de R$ 15 bilhões nos próximos dez anos no RS

Em evento do LIDE RS, Aegea promete investimentos de R$ 15 bilhões nos próximos dez anos no RS

Compradora da Corsan expôe planos de investimentos em fórum com participação do governo do estado

Felipe Faleiro

Evento do LIDE RS ocorreu na manhã desta quarta-feira em Porto Alegre

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Lideranças e empresários estiveram reunidas na manhã desta quinta-feira no Porto Alegre Country Club para discutir as oportunidades e desafios econômicos do estado, principalmente no aspecto do saneamento. O Fórum de Desenvolvimento e Competitividade do Rio Grande do Sul, promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, reuniu representantes do governo do estado, da empresa Aegea e Centro de Liderança Pública (CLP).

Para o head de Relações Governamentais do CLP, Lucas Cepeda, há avanços possíveis para o Rio Grande do Sul. Conforme o ranking de Competitividade dos Estados de 2023, apresentado por ele, o RS está em quinto lugar, uma posição acima do ano passado, porém se posiciona de maneira diferente conforme o segmento analisado. Na área fiscal, por exemplo, o estado aparece na última colocação entre os 27, porém, em eficiência da máquina pública, está na liderança.

O custo do saneamento básico no RS também é o mais caro do país, de acordo com o ranking, com uma média paga de R$ 7,27 por metro cúbico. No acesso ao recurso, o estado gaúcho aparece na quinta colocação, e em 13º no índice de perdas de água, com 41% do total perdido. “Acreditamos que este dado das perdas não condiz com a qualidade do serviço que é entregue. Esses 41% estão abaixo da média nacional, porém, se pegarmos as regiões mais desenvolvidas do país, como Sul e Sudeste, o número é ainda superior a estas médias. De forma geral, o saneamento não é bom no estado, e ainda assim, o custo é extremamente elevado”, analisou ele.

Já o diretor de Relações Institucionais da Aegea, Fabiano Dallazen, pontuou os investimentos realizados pela companhia no Rio Grande do Sul após a aquisição da Corsan, que atende 317 municípios. Conforme ele, a cobertura urbana de água é de 97,1% em seus locais cobertos, e a companhia pretende investir R$ 15 bilhões nos próximos dez anos. A Aegea também deverá realizar 356 ações de melhorias de sua rede, com 317 novas frentes, das quais 39 estarão concluídas ainda neste ano.

“Grandes municípios ou pequenos, todos são importantes para nós. Temos boas perspectivas para o Rio Grande do Sul, e um plano para cada cidade atendida. Vamos buscar resolver todos os problemas”, destacou ele, acrescentando que “cada real investido em saneamento representa quatro reais economizados em saúde”. Dallazen ainda destacou que a Aegea pretende realizar 300 entregas em cem dias, investindo, neste período, R$ 100 milhões, impactando 900 mil pessoas e 360 mil domicílios.

O secretário-chefe da Casa Civil do governo do estado, Artur Lemos, destacou que todos os aspectos da privatização da Corsan para a Aegea foram rigorosamente analisados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). “A equipe técnica do tribunal analisou linha a linha, célula a célula, tudo foi verificado. Temos plena confiança da forma como foi conduzido. Não foi a primeira privatização deste governo, e todas as demais deram certo, então esta haveria de dar também. A água continua sendo pública, mas no tratamento e distribuição, o poder público não necessita mais estar neste serviço”, comentou ele.

Além deles, também compôs o painel o vice-presidente de Operações da Aegea, Leandro Marin. Para o presidente do LIDE RS, Eduardo Fernandez, o evento é um ambiente ideal para discussões a respeito das potencialidades do estado. “O saneamento é algo estratégico para o Rio Grande do Sul, e um componente fundamental para o desenvolvimento. Aqui podemos ter estas discussões de alto nível. É muito bom estarmos de volta neste local que já abrigou a organização uma vez”, afirmou Fernandez. 


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