Em Porto Alegre, evento debate energia solar e renovável

Em Porto Alegre, evento debate energia solar e renovável

O congresso Intersolar Summit Brasil Sul acontece na Fiergs até amanhã e conta com expositores e congressistas

Paula Maia

Durante os dois dias de evento na Fiergs, o congresso Intersolar Summit Brasil Sul vai contar com 25 palestrantes e 50 expositores

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Começou nesta terça-feira o primeiro Congresso Intersolar Summit Brasil Sul. O evento, que está sendo realizado no Centro de Eventos da FIERGS, segue até amanhã com o objetivo de fomentar debates estratégicos para o desenvolvimento da energia solar e renovável.

Serão 25 palestrantes e 50 expositores. Desses, dez empresas paranaenses, nove gaúchas e sete catarinenses, além de representantes de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte, Ceará e do Distrito Federal.

A gerente de projetos da Aranda eventos Maria Amélia Abdalla declarou que Porto Alegre foi escolhida por ser o terceiro maior produtor de grãos do país e a terceira base instalada de geração fotovoltaica. “Existe um potencial muito grande para explorar o mercado aqui em Porto Alegre”, declarou.

Maria também destacou os altos números de empregabilidade no setor. "O setor emprega mais de um milhão de postos de trabalho. O Ministério de Minas de Energia diz que cerca de 70 mil empregos são gerados aqui do Rio Grande do Sul. Esses 70 mil empregos são em de toda a cadeia produtiva, desde a formação do aço para montar as placas até chegar na própria placa. Eu acho isso muito interessante, porque é um número, além de saudável e sustentável", afirmou.

O CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, destacou o protagonismo das regiões do Sul do país. “A Região Sul do Brasil sempre teve papel de protagonismo na geração de energia fotovoltaica, tanto que os três estados, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estão no Top 10, com maior volume de geração distribuída”, ressaltou.

Na abertura da programação, o assessor de energia do departamento de energia da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura RS (Sema), Eberson Silveira destacou as ações do governo do estado nesse cenário e fez uma apresentação do panorama geral no Brasil.

“Uma coisa importante é que no Brasil, somando o mercado regulado com a geração distribuída, a energia solar fotovoltaica já soma 15,9% da participação da potência instalada no Brasil, está passando a eólica, que é 12,3%. No Rio Grande do Sul, a fotovoltaica já soma 22,6% da potência instalada, tendo já ultrapassada a eólica que está com 16,4%. E na energia produzida a fotovoltaica no Rio Grande do Sul está com 12,6% atrás da eólica com 23,7%. Por óbvio, em primeiro lugar está a energia hídrica na potência instalada com 41,13% e na energia produzida com 49,4%”, resumiu.

Silveira ainda ressaltou que a maior parte das instalações no RS está nas residências, com 49,6% de participação da geração distribuída no Estado. Depois seguem as instalações comerciais, com 22,3%; as agrícolas, com 19,25%, e as indústrias.


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