Empresária de Porto Alegre lamenta tratamento oferecido pelas concessionárias

Empresária de Porto Alegre lamenta tratamento oferecido pelas concessionárias

Marcenaria Zíehl corre para não atrasar as entregas dos modulados que fabrica e não ampliar prejuízos

Fred Marcovici

Equipe da marcenaria trabalha duro para recuperar tempo perdido devido o temporal

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A empresária Tcherle Cristiani Ziel, proprietária da marcenaria Zíhel, Lomba do Pinheiro, na zona Leste de Porto Alegre, disse ter ficado cinco dias sem energia elétrica em sua residência no bairro Restinga.

Tcherle salienta ter perdido tudo que havia na geladeira, principalmente, carnes e produtos de maior perecividade. E muitos pacotes de velas gastos por ela e a companheira, a gata Cacau.

“Em determinados momentos o sistema oscilava, ficando em apenas uma fase. Com a intermitência, decidi desligar a chave geral do apartamento para não perder mais. Houve pessoas no meu prédio que tiveram geladeira, ventilador, micro-ondas e outros aparelhos eletroeletrônicos queimados”, angustiante diz.

O restabelecimento aconteceu apenas no último domingo, às 19h.

A empresária lembra que o pior temporal visto por ela, que reside há 22 anos em Porto Alegre, aconteceu em 2016. “Naquele então, morando no bairro Petrópolis, muito arborizado, pareceu que havia passado uma motosserra em todas as árvores.

Mesmo com o quadro de devastação, em menos de 30 horas, Porto Alegre inteiro teve restabelecido o fornecimento de energia elétrica. Dessa vez não, foi uma palhaçada o que fizeram aqui e ainda há pontos sem luz”, desabafa.

Duas clientes, no bairro Medianeira, seguem sem luz nesta quarta-feira.

Além do apartamento, de acordo com Tcherle, o mais sensível foi a falta de luz e água na moradia dos funcionários Cláudio Fraga e Tatiane de Vargas. E, considerando desumano fazer com que trabalhassem nessas condições, foram dispensados até a última segunda-feira, quando puderam retomar os trabalhos na marcenaria Zíehl.

O destrato com o cidadão registrado pode render possível atraso na entrega de encomendas dos móveis sob medida que estavam em fase de acabamento e consequentes prejuízos financeiros, conclui Tcherle.


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