Encerra a 63ª edição do Festival Hípico Noturno

Encerra a 63ª edição do Festival Hípico Noturno

Evento reuniu mais de 300 conjuntos de todo país

Taís Teixeira

O 63º Festival Hípico Noturno também celebrou o aniversário de 185 anos da Brigada Militar.

publicidade

Com mais de 300 conjuntos inscritos neste ano , encerrou na noite deste domingo,  o 63º Festival Hípico Noturno, campeonato de salto com cavalo que começou na última quinta-feira, no 4° Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar, no bairro Partenon. Promovido desde 1960 pela Brigada Militar, evento hípico tradicional mais antigo do Brasil, de forma ininterrupta. O grande campeonato de salto ocorreu no domingo à noite com 21 conjuntos na categoria de obstáculo com 1,30 metros de altura  que chegaram à final, marcando o término das atividades. 

Ao todo, foram 24 premiações disputadas ao longo de 4 dias. Os vencedores foram Dennis Gouvea com Izambard (campeão do grande prêmio), Lucas Martins Brambilla com  Chjr Clight (vice campeão) e Cel Renato Pacheco com Noir (terceiro lugar). Os resultados de todas as provas podem ser conferidos no site.

O Festival reuniu atletas militares e civis, de gêneros e idades distintas,  e praticantes de hipismo de todo o Brasil, além dos países da América Latina. Ao todo, foram 21 provas e 24 premiações disputadas ao longo de quatro dias. O 63º Festival Hípico Noturno também celebrou o aniversário de 185 anos da Brigada Militar.

O tenente-coronel do 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar, Ives Cláudio Pacheco, reforçou que o evento não parou nem durante a pandemia, quando ficou mais enxuto, em dois dias, e ocorreu com os cuidados exigidos na pandemia. 

Neste ano, o festival voltou ao formato usual. “ Temos participantes no  Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, o que evidencia que é um evento agregador de muitas polícias militares de outros estados,  com cavaleiros e amazonas profissionais”, disse. 

O comandante acrescentou que também é uma oportunidade de congregação e  confraternização entre os públicos militar e civil e que “ não há nenhum outro evento da Brigada Militar que consiga trazer para dentro de um quartel um volume tão grande de civis”, afirmou, ressaltando que por dia, cerca de 3 mil pessoas compareceram ao local para ver as provas.

Brasileiro de Hipismo no salto e no policiamento

A raça equina Brasileiro de Hipismo (BH) é o animal utilizado para o campeonato de salto e para o policiamento da Brigada Militar. Formado no Brasil com cruzamentos entre as mais importantes linhagens europeias de cavalos de adestramento e salto, como Hanoverana, Oldenburger, Holsteiner e Sela Francesa, junto a cavalos Puro Sangue Inglês e Árabes, o BH reúne características importantes para esse modelo de prova e para a Polícia Montada.“É um animal alto, tranquilo,forte e corajoso,  ideal para saltar e também para o policiamento”, relatou o coronel Cláudio de Azevedo Goggia, ex-comandante do 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar.

Goggia  enfatizou que para a Brigada Militar foi melhor focar na reprodução do BH do que trazer animais criados soltos no campo para se adaptarem a uma nova rotina, além de ser menor o custo.“Chamamos o BH de animal de sangue frio, composto por mais raças europeias, já  que não pode ser um cavalo de sangue quente, que são as raças de corrida”, explicou.

Para a Polícia Montada, o coronel esclareceu que é uma raça que “impõe respeito”. “São animais que permitem um padrão, até na pelagem, que é escura, já que há estudos que indicam que essa uniformização favorece a atividade que precisa ser desempenhada pelos policiais”, disse. 

Na Capital, o 4ª Regimento tem 110 cavalos da raça BH. No Estado, o número aumenta para cerca de 300 equinos que atuam no policiamento montado pela Brigada Militar.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895