Enchente afetou 11 mil pessoas em Montenegro e causou prejuízos que passam dos R$ 110 milhões
Rio Caí ultrapassou 5 metros a cota de inundação nesta semana, que é de 6 metros, batendo todos os recordes e deixando os gestores públicos em constante alerta
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A água do Rio Caí segue baixando 2 cm por hora em Montenegro e revelando cenas devastadoras e de muita destruição. A enchente desta semana, em que o rio atingiu a marca de 11,7 metros, bateu todos os recordes, afetando mais de 11 mil pessoas e causando prejuízos que passam dos R$ 110 milhões. Ano passado, em novembro, a medição chegou a 9,01 metros, 3 metros acima da cota de inundação. Esta, com certeza, é considerada pelo Município a maior enchente da história da cidade. Atualmente a Prefeitura mantém 280 pessoas acolhidas em abrigos na cidade e a orientação é para que não retornem para suas casas. Ainda há áreas alagadas nos bairros Industrial e Olaria
Em relatório encaminhado à Defesa Civil, o engenheiro da Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento, Daniel Vargas de Oliveira, informa que 7.845 pessoas ficaram desalojadas, 768 abrigadas pela Prefeitura nos ginásios Domingos dos Santos, SESC, SESI e nas escolas Polivalente e Adão Martini e mais 2.650 afetadas diretamente pelo desastre, por exemplo, em restrições aos deslocamentos e acesso ao trabalho. “Ao todo, 11.263 montenegrinos foram atingidos de alguma forma.”
De acordo com o levantamento, pelo menos 5.340 residências foram alcançadas pela água, somando uma perda estimada de aproximadamente R$ 37,3 milhões. “Além dos danos causados nas moradias, como perda de móveis, eletrodomésticos, utensílios, alimentos e outros pertences, também ocorreram perdas em estruturas públicas, como passeios e pavimentos, em duas escolas e em dois postos de saúde.” Nas escolas Valter Belian e Adenillo Rübenich, segundo aponta Oliveira, os custos estimados para recuperação das estruturas são avaliados em R$ 685 mil. Com relação as unidades de saúde Industrial e Santo Antônio, a estimativa para recuperação gira em torno de R$ 750 mil. Só na agricultura, as perdas passam de R$ 80 milhões.
As vistorias feitas pela equipe da Prefeitura apontam que pelo menos 56 ruas do perímetro urbano ficaram parcial ou totalmente submersas. “Os danos provocados no pavimento ainda não foram contabilizados, já que algumas vias continuam submersas. Também há estragos em diversas localidades. A enchente atingiu fortemente as comunidades de Porto Garibaldi, Pesqueiro e arredores.” O abastecimento de água ainda não foi normalizado.
