Encontro anual reúne pets doadores de sangue em Porto Alegre

Encontro anual reúne pets doadores de sangue em Porto Alegre

Evento reuniu apaixonados por pets no Parque Germânia, em Porto Alegre

Felipe Samuel

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Assim como acontece com os humanos, diariamente cães e gatos precisam de transfusão de sangue para se manterem vivos, mas apesar de todos esforços, a maior parte da população desconhece que existe hemoterapia veterinária. E uma transfusão de sangue pode salvar a vida dos animais. Com o objetivo de conscientizar os tutores sobre o assunto e tentar captar doadores, um grupo de veterinários realizou neste domingo no Parque Germânia, em Porto Alegre, o Encontro Anual de Pets Doadores de Sangue.

O corretor de seguros Leo Ricardo Petry enfrentou o domingo de céu encoberto para levar Frank, um schnauzer gigante, até o local do evento. Segundo Petry, o companheiro de quatro patas já doou sangue pelo menos 12 vezes. Como a maioria dos pets que já doaram sangue, Frank, que 7 anos de idade, ostentava no pescoço um lenço vermelho exibindo a mensagem “Pet doador”. “Quando me convidaram não tinha ideia dessa real necessidade, mas percebi que era importante participar desse plano para possibilitar que outras pessoas salvem seus cachorros”, afirma Petry.

A empresária Adriana da Fonseca Rosa sabe da importância da doação de sangue para os pets. Após descobrir que o seu cão Snoopy, da raça Shih-tzu, sofria de anemia hemolítica, ela foi informada pela veterinária que o pequeno precisaria de transfusão de sangue. “Ele necessitou de quatro bolsas de sangue. Quase morreu, foi por muito pouco que não morreu”, afirmou. “A doação de sangue é muito precária. As pessoas têm os pets em casa que podem ajudar mas não se dão conta disso. Teve dias que não tinha bolsa de sangue no laboratório. E eu estava apavorada”, completou.

Sem bolsa de sangue à disposição, a solução encontrada foi levar outro integrante da família para doar sangue, o Catatau, um cão sem raça definida. “Agora ele é um doador de sangue e salva vidas também. A gente pede que as pessoas se conscientizem, se tiver pets nos critérios que precisam para doação, porque salva vidas”, observou. Proprietária do laboratório veterinário Vetex, Camila Serina Lasta explicou que a maioria das pessoas descobre que existe hemoterapia veterinária quando seu animal precisa. 

“A ideia é estar em um lugar que tem pessoas com cães para divulgar e tentar captar doador para ver se a gente consegue manter estoque. Exatamente pela falta de conhecimento, as pessoas têm um cachorro ou um gato que tem o perfil para ser doador, mas as pessoas não sabem que existe hemoterapia veterinária. A ideia é captar doadores e conscientizar”, afirmou.  


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