Encontro liderado pelo senador Heinze busca soluções para impactos climáticos no Rio Grande do Sul

Encontro liderado pelo senador Heinze busca soluções para impactos climáticos no Rio Grande do Sul

Parlamentar enfatizou a necessidade de realizar ações nas barragens, além de um trabalho de desassoreamento

Paula Maia

O senador Luis Carlos Heinze citou as recentes cheias que afetaram Porto Alegre e enfatizou a necessidade de medidas para combater as inundações no Guaíba e seus afluentes

publicidade

O senador Luis Carlos Heinze reuniu-se, nesta sexta-feira, em Porto Alegre, com representantes das federações da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), além de universidades federais do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro para discutir soluções viáveis visando mitigar os impactos das chuvas excessivas e das prolongadas estiagens no Rio Grande do Sul.

Durante o encontro, Heinze referenciou as recentes cheias que afetaram Porto Alegre e o Estado, enfatizando a necessidade de medidas para combater as inundações no Guaíba e seus afluentes. O parlamentar afirmou a necessidade de realizar ações nas barragens, além de realizar um trabalho de desassoreamento.

 “É importante que o pessoal entenda que as águas que vêm do Rio Taquari, por exemplo, da Serra, chegam em Porto Alegre. As águas do Jacuí desaguam em Porto Alegre. Nós temos que fazer um trabalho em cima das barragens dessas regiões, e também um trabalho de desassoreamento. Areia no Jacuí, areia no Guaíba e pedra no Taquari, por exemplo”, declarou

Em relação as ações planejadas, Heinze explicou que está sendo realizado um levantamento sobre as barragens no Estado. “Estamos em busca de soluções definitivas. Desde março ou abril, iniciamos um trabalho com o competente geólogo e economista, Rogério Porto, focado inicialmente em soluções para a estiagem. Agora, estamos lidando também com o excesso de chuvas. Estamos realizando levantamentos de barragens no estado em colaboração com professores da UFRGS, agrônomos da Sociedade de Economia e com o apoio do CICRED. Começamos o processo nas regiões das missões e Noroeste, mas planejamos expandir para todo o estado do Rio Grande do Sul”, detalhou Heinze.

Júlio César Saliker integra o comitê de bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul participou do encontro e mencionou a Lei 10.350 de 1994, que completará 30 anos no próximo ano e que alguns de seus instrumentos ainda não foram totalmente implementados. Ele enfatizou a importância da gestão baseada nas bacias hidrográficas, conforme estipulado pelo artigo 171 da Constituição Estadual do Rio Grande.

“O Estado do Rio Grande do Sul está precisando evoluir, terminar de implantar os instrumentos da lei 10.350, colocar os planos de bacia em ordem, que eles estão atrasados. Colocar o plano estadual de recursos hídricos, atualizar por que é de 2012 e tem muita coisa diferente que aconteceu. Nós estamos atrasados na questão de recursos hídricos, de segurança hídrica”, declarou.

 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895