Entenda o que são as placas marrons com nomes diferentes em ruas de Porto Alegre

Entenda o que são as placas marrons com nomes diferentes em ruas de Porto Alegre

A iniciativa se chama Ruas que não andei e é realizada pela prefeitura da Capital

Kyane Sutelo

O secretário de Cultura e Economia Criativa, Henry Ventura, acessou o QR code da iniciativa durante o lançamento, no Centro Histórico.

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Quem circular por Porto Alegre até o final de agosto, pode se deparar com placas marrons nos postes, trazendo nomes de ruas, talvez, desconhecidas. Não é que a Capital tenha modificado a forma de chamar essas vias. É o projeto Ruas que não andei, lançado nesta quinta-feira, pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMCEC). 

O lançamento foi feito em 17 de agosto por ser o Dia Nacional do Patrimônio Cultural, e a proposta é relembrar as antigas nomenclaturas desses trechos da Capital. “A ideia é valorizar a história e faz parte de um processo de educação patrimonial, para que a gente possa fortalecer as ações de preservação da memória da cidade”, detalhou o secretário da SMCEC, Henry Ventura.

As placas são em marrom, por ser a cor utilizada para sinalizar patrimônio. Nos 35 pontos escolhidos para a ação, há um QR code, que leva o cidadão a um encarte digital com um mapa de 1888, que menciona os nomes antigos e novos das ruas. “Hoje, a gurizada mais ligada no meio virtual acaba não sabendo porque chamamos de Rua da Praia a Andradas, então a ideia é despertar pra isso”, detalhou o presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico Cultural (Compahc), Lucas Volpatto.

Com parceria da empresa Imobi, a entidade foi responsável pelo desenvolvimento do projeto, a partir da ideia do conselheiro Nestor Torelly. “É algo que eu trago da infância. Ouvia meus pais falarem o nome antigo das ruas e ficava curioso”, relembrou ele. 

Entre as curiosidades que envolvem o projeto está o nome da rua onde foi feito o lançamento: rua da Direita, atual General Canabarro. "Na época, as ruas que ficavam à direita da igreja, era chamada assim. No caso, aqui, ao lado da Igreja das Dores. Mas haviam outras ruas da Direita, junto de outras igrejas na cidade", contou o arquiteto José Daniel Craidy Simões, conselheiro do Compac. Também esteve presente a conselheira Debora Magalhães da Costa.

A iniciativa integra a programação da Semana do Patrimônio Histórico Cultural. No sábado, às 10h, será realizada uma caminhada, a partir da praça Conde de Porto Alegre, e um debate sobre o território, incluindo o significado de nomes de ruas.


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