Equipe de programa da ONU visita Estado para discutir epidemia de Aids
Rio Grande do Sul concentra 10% dos casos da doença no país
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Além de Porto Alegre, a equipe esteve em Viamão e Cachoeirinha, na Região Metropolitana. Conforme dados fornecidos pela coordenadora, 90 mil pessoas vivem com HIV no Estado. Destas, 83% foram diagnosticadas e 64% estão em tratamento. “O acesso ao serviço e ao tratamento é a principal necessidade”, salienta ela.
Em Viamão, a diretora destacou o trabalho conjunto entre as secretarias de Saúde e Educação. A experiência conhecida foi o projeto Tô Dentro, exposição montada em contêineres na praça Cônego Bernardo Machado. São cinco estações com informações sobre Aids no país e no município e questões de prevenção.
Os adolescentes também assistem a relatos, participaram de atividades e podem sanar as dúvidas finais com um profissional. O segundo projeto desenvolvido é o Galera Curtição, em que estudantes discutem assuntos como DST, bullying, gênero, drogas e álcool em um programa de auditório. “Os temas são tratados de maneira mais ampla e na linguagem dos jovens”, ressalta o secretário municipal de Educação, Carlos Bennech.
Em Cachoeirinha, aconteceu o 1º Seminário de Promoção da Equidade: Zero Discriminação. “Nós avançamos muito quando o assunto é prevenção e tratamento, mas ainda temos muito para avançar no que diz respeito à discriminação”, diz o assessor para Mobilização Social e Trabalho em Rede do UNAIDS no Brasil, Cleiton Euzébio de Lima.
A organização trabalha no sentido de que os serviços de saúde sejam espaços livres de preconceitos e acolhedores. Sobre a questão, Georgiana Braga-Orillard lembra que, apesar da alta taxa de testes, muitos não aderem ao tratamento, por isso é preciso que os serviços estejam próximos da população.
Em Porto Alegre, o projeto Transdiálogos foi apresentado na Unidade de Saúde São José, no bairro Partenon. Profissionais de 60 unidades já foram treinados para participar.