Equipes da Prefeitura de Santa Maria e do RS investigam síndrome febril

Equipes da Prefeitura de Santa Maria e do RS investigam síndrome febril

Mais de 100 casos foram registrados de pessoas apresentando febre e dor nas articulações e cabeça

Correio do Povo

publicidade

A síndrome febril registrada nas últimas semanas em Santa Maria motivou um encontro nesta quarta-feira,11, entre profissionais da área da saúde da prefeitura e do Estado. Mais de 100 casos foram registrados, no Pronto Atendimento municipal, em Unidades de Saúde e no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, de pessoas apresentando febre e dor muscular, nas articulações e de cabeça. Ficou definido que será feita uma coleta de materiais, por amostragem, dos pacientes que manifestaram os sintomas e procuraram atendimento médico.

Após levantadas as informações, será feita a correlação entre os dados, a fim de identificar o agente causador. O material deve ser recolhido nos próximos dias e enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para análise. A expectativa é de que os resultados saiam em um período de 10 a 15 dias.

Segundo a secretária de Saúde do município, Liliane Mello Duarte, todos os pacientes que apresentaram os sintomas estão sendo atendidos e monitorados. Ela disse também que não existe nenhuma caso ligado ao consumo da água, como chegou a ser publicado em redes sociais, e que o ciclo de dor, principalmente de cabeça, tem durado cerca de 20 dias. “Estamos trabalhando, nesse primeiro momento, em uma investigação, para que, ao conhecermos o agente etiológico, possamos agir de maneira mais efetiva”, explicou, destacando que se trata de síndrome benigna.

O titular da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Roberto Schorn, afirmou que não há risco para a comunidade de que os casos apresentados possam levar a óbito. A médica infectologista do município Paula Martinzes disse que os pacientes não estão apresentando sintomas respiratórios, o que descartaria surto de influenza. Ela alerta sobre a importância de alguns cuidados, como lavar bem as mãos, evitar ambientes fechados e bebedouros púlicos e ainda prestar atenção aos sintomas que podem ser confudidos com gripe. Representantes do Hospital Universitário da UFSM também participaram do encontro.

A Corsan informa que a água tratada e distribuída à população de Santa Maria atende todos os parâmetros de potabilidade exigidos pela legislação, em especial quanto à sua desinfecção. A Companhia diz que o produto pode ser consumido sem qualquer receio, não havendo relação com a recente notícia de surto de síndrome febril.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895