Escola de São Leopoldo suspende aulas por ameaça

Escola de São Leopoldo suspende aulas por ameaça

Atividades serão retomadas nesta terça no Vale do Sinos

Stephany Sander

Aulas foram suspensas nesta segunda

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Os alunos da Escola Estadual Cristo Rei, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, tiveram as aulas suspensas nos três turnos nesta segunda-feira por conta de uma ameaça que circulou em grupos de WhatsApp. A direção da escola confirmou a suspensão, mas não quer se pronunciar sobre o suposto ataque a escola. A Secretaria de Educação tratou o fato como "boato" e informa que tomou todas as providências para garantir a segurança de alunos, professores e funcionários. Conforme a 2ª Coordenadoria Regional de Educação, as aulas não irão ocorrer novamente nesta terça no educandário, por uma decisão da comunidade escolar. Também deve ser realizada uma reunião sobre o assunto.

De acordo com o delegado Joel Oliveira, responsável pelas investigações, a diretora da escola procurou a Polícia Civil no início da manhã para fazer um segundo boletim de ocorrência, pois já havia registrado boletim na DPPA, na tarde de domingo. “Ouvimos ela e a aluna que estava sendo ameaçada. As aulas foram suspensas e o policiamento foi reforçado pela Brigada Militar mesmo o educandário já contando com patrulha da Guarda Municipal. Não se descarta ser uma brincadeira, mas ainda assim, é de muito mau gosto. Já temos um suspeito das ameaças e ele poderá ser enquadrado no estatuto da criança e do adolescente", comentou  Joel Oliveira. O delegado prefere não dar mais detalhes a fim de não prejudicar as investigações. 

Nota da Secretaria de Educação sobre o caso

Em nota, a Secretaria de Educação confirmou que as aulas na Escola Cristo Rei "foram suspensas em razão de um boato divulgado em aplicativo de celular". Segundo o texto, assim que soube dos fatos, a direção comunicou os órgãos de segurança e conversou com os estudantes com o objetivo de esclarecer a situação e tranquilizar a comunidade escolar. Também foi feito um Boletim de Ocorrência. De acordo com a Secretaria de Educação, nesta terça, 23 de abril, as aulas serão retomadas no local.

A Secretaria de Educação disse estar "atenta às situações envolvendo ameaças às escolas e segue comprometida em promover um ambiente de paz e diálogo nas instituições".

Relembre casos semelhantes

Desde o mês passado, o Rio Grande do Sul teve pelo menos seis casos de ameaças a escolas. O primeiro ocorreu em 16 de março no Colégio Militar de Santa Maria, que reforçou a segurança interna após identificar que um aluno postou na internet mensagens alusivas ao ataque contra a Escola Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. No mesmo dia, um homem de 21 anos foi alvo de dois mandados de busca e apreensão na sua residência em Santa Rosa por fazer apologia ao massacre ocorrido na cidade paulitsa.

Quatro dias depois, a Polícia Federal informou que foi chamada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), depois que a universidade identificou em postagens em fóruns da Deep Web ameaças de atentados ao campus do Vale, no bairro Agronomia. No dia 27, mensagens espalhadas em grupos de WhatsApp deixaram os pais da Rede Marista de Porto Alegre em alerta. O texto fazia ameaças de ataque a uma das escolas da instituição de estudo, mas não revelava qual.

No dia seguinte, boatos e falsas mensagens nas redes sociais relataram que haveria um massacre em escolas de Nova Prata, na Serra gaúcha. Elas causaram temor em estudantes, professores e na comunidade.


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