Escola infantil de Bento Gonçalves é referência em educação integrativa com alunos estrangeiros

Escola infantil de Bento Gonçalves é referência em educação integrativa com alunos estrangeiros

Instituição conta com 139 crianças matriculadas, sendo que 62 são de família estrangeira

Celso Sgorla

A escola tem cartazes escritos em francês, além da presença de um supervisor que fala o idioma e orienta os alunos

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A Escola Municipal Infantil Primeiros Passos, localizada no Loteamento Tancredo Neves, em Bento Gonçalves, é referência em educação integrativa com alunos estrangeiros. A escola conta com 139 crianças matriculadas, sendo que 62 são de família estrangeira e a maioria de origem haitiana, além de venezuelanos, chilenos e panamenhos. Pensando numa melhor comunicação entre todos, a instituição tem cartazes escritos em francês, além da presença de um supervisor que fala o idioma, orientando os alunos com dificuldades no português.

A diretora da instituição, Andréa Coser Cesca, recorda que assumiu em 2020 a direção da EMI Primeiro Passos e a partir da demanda da comunidade escolar, que conta com grande número de estrangeiros, principalmente haitianos, com crianças em idade para frequentar a escola, identificou a necessidade de uma comunicação adequada, pois até 2019 o contato com estas famílias era restrito, o que dificultava a interação entre a escola e a família. “Neste mesmo ano que assumimos a direção da escola e em conversa com a Secretaria Municipal de Educação, apontamos a necessidade de ter um profissional na escola que pudesse fazer a mediação na língua francesa”, explica. Ainda nas palavras da diretora “é possível observar que as famílias se sentem mais acolhidas, conseguem se comunicar, compreender as orientações e dialogar com a escola de forma precisa. Os principais diferenciais que oferecemos são o atendimento, acolhimento e diálogo na língua francesa”.

O supervisor escolar Dejair Bento é a pessoa responsável para auxiliar numa melhor comunicação em francês com os alunos estrangeiros. “Poder mediar às interações das famílias estrangeiras com a escola me enche de alegria, pois entendo o quanto é difícil estar em um país diferente, sem falar a língua e precisar de auxílio. Acredito que consegui quebrar essa barreira e ajudá-los a se sentirem pertencentes a comunidade”, destacou o supervisor.


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