Especialistas apostam em novas tecnologias para melhorar atendimento da saúde

Soluções para a área da saúde e o futuro do acesso à saúde no Brasil foram tema do painel The Future of Healthcare Access desta sexta-feira durante o South Summit 2023, no Cais Mauá, em Porto Alegre. Especialistas apresentaram exemplos de conjuntos de tecnologias que podem oferecer melhorias significativas na eficiência, controle e rentabilidade dos ativos e negócios das empresas, conhecido como Internet das Coisas (IoT).

Maikol Parnow, co-fundador e CEO da hygia saúde, uma healthtech que oferece, entre outras coisas, aplicativos voltados para a saúde, alerta que cinco doenças são responsáveis pela maioria das mortes no país: diabetes, AVC, câncer de mama, câncer de pulmão e doenças vasculares. “São doenças que podiam ser adiadas ou evitadas a partir de saúde preventiva”, adverte. Parnow avalia que é preciso “sair da saúde reativa”.

“Sabemos pouco sobre a nossa própria saúde. E isso leva a tomar as piores decisões”, afirma. Conforme Parnow, apenas 20% dos brasileiros têm acesso à saúde de qualidade. “Ou seja, 170 milhões não têm acesso a plano de saúde”, observa. Por conta desse cenário, ele afirma que é preciso quebrar esse ciclo vicioso a partir de uma mudança de cultura. E isso passa por um ambiente de trabalho mais saudável.

Para ampliar o acesso à saúde, ele defende melhorar o tratamento de dados. “Saúde é basicamente banco de dados, número de exames, consultas, internações”, avalia. “Para fechar a conta do hospital ou plano de saúde precisamos de números, produtividade”, completa. Para João Ricardo Wagner de Moraes, que atua na Ayga como CTO, fazendo parte das inovações de produtos e sistemas da empresa, o uso de novas tecnologias garante eficiência, por exemplo, no armazenamento de vacinas ou medicamentos.

Ele destaca a plataforma em nuvem para gestão de ativos de forma segura e remota voltada para segmentos como saúde e sistemas de segurança. “O uso da tecnologia IoT permite desenvolver dispositivos robustos, com preços competitivos e longa vida de bateria”, afirma, destacando ainda os custos reduzidos e alta capilaridade. O monitoramento da temperatura de medicamentos durante o transporte é um dos exemplos. “Serve para garantir que o usuário tenha medicamento de qualidade”, conclui.