Estado busca apoio para projeto de usina em Rio Grande
Termelétrica teve a concessão revogada pela Aneel<br />
publicidade
Contratada em leilão em 2014, a usina deveria entrar em funcionamento em 2019, mas a concessão foi revogada pela Aneel, alegando dificuldades da empresa vencedora da licitação para dar continuidade ao projeto. Atualmente, está em análise um recurso administrativo encaminhado à Agência, pedindo que a revogação seja reconsiderada.
O objetivo do governo, agora, é mostrar que existe a viabilidade de a usina iniciar as operações até o final de 2020, antes do início da vigência dos contratos com as distribuidoras de energia, a partir de 2021. A expectativa, conforme o Executivo, é de que o projeto gere 2,4 mil empregos diretos e 5 mil indiretos e garanta abastecimento a 3,5 milhões de residências.
Até o momento, a empresa que irá administrar a UTE Rio Grande não foi definida, mas o sócio-fundador da Gas Energy, Marco Tavares, presente na reunião de ontem, informou que a maior parte do gás virá dos Estados Unidos, em navios. “Será armazenado e transformado novamente em gás. Uma parcela é direcionada para a geração de energia elétrica e a outra será trazida para a Região Metropolitana de Porto Alegre para ampliar o fornecimento de gás.”
Conforme o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos, a Gas Energy foi a idealizadora do projeto. “Vamos tratar apenas do investimento, que é muito importante para o Estado, seja quem for fazer.” Ele destacou que o investimento deve ser superior a R$ 3 bilhões.
O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, participou da reunião de ontem e confirmou presença no encontro na Aneel. “É importante termos um movimento em defesa do Estado, pela nova matriz energética, pelos empregos e impostos que a instalação da UTE gera. A usina tem capacidade para abastecer a energia demandada pelo Paraguai e em torno de 40% da gaúcha”, afirmou ele.