Estrela, no Vale do Taquari, decreta situação de emergência

Estrela, no Vale do Taquari, decreta situação de emergência

Documento permite a realização de ações emergenciais de forma menos burocrática

Angélica Silveira

As rajadas de vento em Estrela chegaram a 120 km/h e derrubaram diversas árveres

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A cidade de Estrela, no Vale do Taquari, foi atingida pela tempestade da última terça-feira, o que ocasionou danos tanto no patrimônio público, como em propriedades privadas, ruas e estradas do interior do município. Com isto, o prefeito em Exercício, João Carlos Schäfer, decretou situação de emergência.

Nesta quinta-feira, as equipes seguem desobstruindo ruas, retirando as árvores e levando para um terreno, onde estão sendo trituradas. Mais de 500 famílias tiveram suas casas destelhadas e procuraram a Defesa Civil e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação. A estimativa da Prefeitura é que este número seja ainda maior.

Até a tarde desta quinta-feira já haviam sido entregues 2,5 mil metros de lonas e mais de duas mil telhas. Ainda está sendo avaliada a compra de mais materiais para poder auxiliar a quem mais necessita.

O decreto autoriza, entre outras ações, a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem em prol de uma resposta aos fatos ocorridos. Ainda dispensa licitação para aquisição de bens necessários ao atendimento da situação de emergência ou estado de calamidade, o que agiliza os serviços prestados à população.

As rajadas de vento na terça-feira foram superiores a 120 km/h e causaram danos também a prédios públicos. Entre eles estão 12 escolas municipais atingidas de alguma maneira ( a secretaria de educação ainda realiza o levantamento dos danos), postos de saúde e o hospital da cidade.

Empresas e lojas também sofreram danos, assim como a zona rural ocasionados, entre outros motivos pela queda e destelhamento de estruturas de manejo de hortaliças, criadouros de animais e a consequente morte deles.

Os ventos fortes e a chuva também derrubaram placas e estruturas de concreto, ocasionando diversos problemas paralelos como a falta de energia elétrica e de água. O município entrou com uma ação extrajudicial contra EGR e Corsan solicitando a retomada imediata dos serviços.

A queda de centenas de árvores e milhares de galhos obstruíram ruas, estradas e rodovias tanto na zona urbana como no interior ocasionando pontos de alagamento. Um prédio residencial, localizados na rua João Lino Braum, no bairro Boa União sofreu avarias e precisou ser evacuado.

Caminhões-pipa estão levando água para os animais em várias localidades do interior e também para o setor de hemodiálise do hospital. O município acredita que sejam necessários 30 dias para realizar a limpeza total das ruas, que foram obstruídas pela vegetação, que primeiramente estão sendo afastadas da via para posteriormente serem cortadas, e removidas a uma área onde serão trituradas. Não há registros de desabrigados. Algumas famílias tiveram que se mudar de forma provisória para a casa de parentes, até solucionarem os problemas com suas residências.


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