Estudantes montam triciclos adaptados em Venâncio Aires

Estudantes montam triciclos adaptados em Venâncio Aires

Material utilizado é oriundo de reaproveitamento, e projeto envolveu ao todo 40 pessoas

Correio do Povo

Estudantes do curso de Eletrotécnica se envolveram com o projeto

publicidade

Os alunos de Eletrotécnica do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) de Venâncio Aires desenvolveram três veículos adaptados para deficientes. Um deles seguirá no campus para uso interno e aprimoramento do projeto pelas próximas turmas e os outros dois protótipos serão doados para instituições do município. O desafio lançado a 12 estudantes que concluíram o curso na noite de quarta-feira se transformou em triciclos que abrirão portas para a inclusão e o desenvolvimento empreendedor de pelo menos parte dos formandos.

O material utilizado foi todo de reaproveitamento. O ferro veio do estoque do campus, peças foram compradas por alunos e os três motores e baterias foram adquiridos em uma vaquinha de professores. “Houve também participação dos alunos do segundo e terceiro semestres. Ao todo, 40 estiveram envolvidos, de alguma forma, com a criação dos três protótipos”, conta o professor Gustavo Antoni.

O custo estimado para a construção de cada scooter gira em torno de R$ 2 mil. Já o valor de venda de um veículo semelhante no mercado passa de R$ 5 mil. Os alunos Gilmar da Silva, Leonardo Fernando Kotz e Lairton Elvis Hermes se envolveram de tal forma que completaram a tarefa e criaram uma empresa. A meta é melhorar o protótipo e tentar fabricá-lo. “Queremos aprimorar o nosso projeto, adaptar funcionalidades que não foram possíveis para a apresentação do veículo, para que possa ser industrializado”, afirma Hermes. A versão final do triciclo a ser desenvolvida por eles terá banco giratório e joystick para facilitar o manuseio. “Dependendo da deficiência, este controle manual pode fazer a diferença, assim como a possibilidade de movimentar o banco”, reforça Hermes.

A atividade conclusiva do curso técnico forma profissionais e cidadãos comprometidos com a acessibilidade. “É emocionante ver o veículo andando pelo campus”, diz o professor Imar de Souza Soares Júnior. Além dele, os docentes Gustavo Antoni, Marcelo de Barros, Henrique Wild Stangarlin e Letícia Pacheco integraram conhecimentos de diferentes disciplinas para o projeto. A tarefa foi inspirada na dificuldade de um ex-aluno, como forma de facilitar o deslocamento no campus. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895