Estudo estima que RS teve prejuízo de R$ 22,9 bilhões por desastres naturais

Estudo estima que RS teve prejuízo de R$ 22,9 bilhões por desastres naturais

De acordo com levantamento, nos últimos quatro anos, 4,44 milhões de pessoas em 482 municípios foram afetadas por fenômenos da natureza


Correio do Povo

Enchentes e temporais estão entre principais problemas

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Um estudo inédito divulgado pelo Rio Grande do Sul estimou um prejuízo de R$ 22,9 bilhões por desastres naturais. O levantamento considera o período de 2017 e 2021, e calcula que 4,44 milhões de pessoas, em 482 dos 497 municípios, foram afetadas por fenômenos da natureza. 

O impacto financeiro foi avaliado sendo 97,6% no setor privado e 2,3% do poder público. Os impactos naturais englobam fenômenos como estiagens, alagamentos, inundações e chuvas intensas, entre outros. São considerados danos que excedam a capacidade da comunidade atingida em conviver com o impacto provocado.

Conforme o governo estadual, ao longo de 17 anos, o RS registrou um total de 4.230 ocorrências de desastres naturais. O material, produzido a pedido da Defesa Civil do Estado, teve como base os dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), do Ministério do Desenvolvimento Regional, e foi elaborado usando como referência a regionalização usada pela Defesa Civil, que divide o RS em nove Coordenadorias Regionais (CREPDECs).

Governo de transição projeta falta de recursos

A equipe de transição do governo eleito alertou sobre a falta de orçamento para defesa civil e obras emergenciais contra enchentes, que costumam ocorrer no início do ano.  O grupo temático de Desenvolvimento Regional, sob o comando do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se reuniu com o ministro da área, Daniel Ferreira, para buscar informações sobre o cenário de atuação da pasta.

"O primeiro cenário que encontramos inspira muitos cuidados, pela situação orçamentária que nós temos na atualidade. Em janeiro, a União não terá capacidade nenhuma de investimentos na área de desenvolvimento regional", destacou Rodrigues.


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