Estudo indicará melhorias para o transporte urbano de Santa Cruz do Sul

Estudo indicará melhorias para o transporte urbano de Santa Cruz do Sul

Objetivo é conter a redução do número de passageiros e manter o valor da passagem

Otto Tesche

Os resultados do estudo devem ser conhecidos em 60 dias

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Um estudo busca identificar os pontos que devem ser corrigidos e melhorados no transporte coletivo urbano de Santa Cruz do Sul. O trabalho, que começou nesta semana, verificará questões como o contrato firmado com o Consórcio TCS, que opera o transporte coletivo na cidade, linhas e horários de ônibus, quadro de pessoal, quantidade de paradas, número de veículos reservas e em trânsito, entre outros fatores. O secretário de Transportes e Serviços Urbanos, Gérson Vargas, afirma que o objetivo principal é baixar ou, no mínimo, manter o valor da passagem de ônibus, que hoje é de R$ 4,25.

Proposto pela prefeitura e Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst), a análise está sob a responsabilidade da Pró-Cidades, empresa de Porto Alegre que mantém parceria com a administração municipal e foi responsável pelo plano de mobilidade urbana da cidade e pelo edital da licitação do transporte coletivo urbano. “Este é um amplo estudo sobre todos os aspectos que regem o nosso transporte coletivo. Com isso queremos, senão baixar, pelo menos não aumentar a passagem de ônibus no próximo reajuste, previsto para fevereiro”, disse Vargas.

A taxa de utilização do transporte coletivo vem caindo nos últimos anos no município. Conforme dados fornecidos pela Agerst, em janeiro foram adquiridas 309.089 passagens de ônibus, contra 384.323 no mesmo mês de 2018. Em fevereiro, o número chegou a 361.057 no ano passado e 328.593 em 2019. Já em março, os números foram de 484.834 em 2018 e 412.726 neste ano. O cenário reduz os ganhos das empresas, que são obrigadas a pedir reajustes maiores da passagem para que o sistema se mantenha. 

Segundo o presidente da Agerst, José Luiz Juruena, a queda na utilização dos ônibus se deve, em parte, ao uso de outros meios de locomoção, como aplicativos de transporte, bicicletas, motos, entre outros. “A queda é acentuada, por isso a nossa preocupação em agilizar esse estudo para melhorar o serviço prestado sem aumentar o valor da passagem”, disse Juruena.

Para o secretário Gérson Vargas, quanto mais o serviço for melhorado, mais pessoas usarão o transporte coletivo. Com isso, a tendência é que o valor da passagem se estabilize. “Estamos fazendo melhorias nas paradas e sempre cobrando qualidade nos ônibus”, afirmou. A expectativa é de que os primeiros resultados do estudo sejam apresentados dentro de 60 dias.


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