Excesso de plantas no rio Gravataí reduz movimento de banhistas no Balneário Passo das Canoas

Excesso de plantas no rio Gravataí reduz movimento de banhistas no Balneário Passo das Canoas

Moradores dizem que fizeram mutirão para remoção, mas material orgânico voltou à água

Felipe Faleiro

Tapete verde de plantas tomou conta da área onde havia água no entorno do balneário, em Gravataí

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A régua de medição do Balneário Passo das Canoas, no rio Gravataí, mantida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) no município de Gravataí, registrou 1,61 metro hoje pela manhã, dez centímetros a mais do que no mesmo horário do dia anterior, e com tendência de alta. O local, muito frequentado por pessoas em busca de lazer, está com movimento reduzido, em razão da estiagem e da presença de plantas aquáticas, que tomaram conta da maior parte da lâmina d’água.

A dona de casa Margarete Duarte Barcelos mora há décadas na área do balneário, e seu irmão, Breno Duarte, é o administrador do local. “É muito triste olharmos para o rio e vermos a situação em que está. Dói bastante”, afirmou ela. No último final de semana, o filho dela e amigos estiveram no balneário com a missão de retirar as plantas. Ainda que alguns caminhões tenham levado parte do material orgânico embora, outra parte permaneceu e foi levada novamente pela chuva desta semana até o leito do rio.

“Nunca imaginávamos ver isto aqui”, relata ela, ao lado da vizinha, a costureira Loreci Machado, que mora no local há cerca de um ano. “Nós fazemos a nossa parte. Mas, às vezes, não temos todo o apoio do poder público. É muito lindo aqui, mas está bastante triste”, relata Margarete. Ainda segundo ela, quem ainda frequenta o local vai para descansar mesmo, pois em que pese o calor ter reduzido nos últimos dias, entrar na água é tarefa praticamente impossível.

Em outro ponto do rio, em Alvorada, a marcação da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan mostrava o mesmo nível. Já o rio dos Sinos, todas as medições estavam em trajetória de baixa. A régua da Agência Nacional de Águas (ANA) no Centro de São Leopoldo estava em 62 centímetros no início da manhã. Em Campo Bom, 1,39 metro, e na foz do rio Paranhana, no município de Taquara, 47 centímetros. No entanto, estas marcas foram registradas antes das precipitações de hoje.

Em Novo Hamburgo, a medição da Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) registrou 2,32 metros nesta sexta-feira pela manhã, e na Elevatória de Água Bruta (EAB) do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), em São Leopoldo, 1,60 metro, aumento de 20 centímetros sobre o dia anterior. No Guaíba, a régua de medição do Cais Mauá, no Centro Histórico, apresentou 55 centímetros na manhã de hoje, dentro da média dos últimos dias. No terminal da CatSul, no município de Guaíba, 52 centímetros. Já no trapiche da Praia da Pedreira, no interior do Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, 34 centímetros, em tendência de alta.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895