Fórum de Sustentabilidade CMPC reúne especialistas globais em Porto Alegre

Debates acerca da sustentabilidade e como as empresas e a sociedade podem atuar como promotoras da agenda ESG basearam as discussões do Fórum de Sustentabilidade CMPC, promovido pela multinacional nesta terça-feira, no Teatro Unisinos, em Porto Alegre. O evento, com cerca de 300 inscritos, reuniu lideranças globais como Raj Sisodia, escritor e professor da Babson College, nos Estados Unidos, além de um dos desenvolvedores da teoria do capitalismo consciente, e Francisco Ruiz-Tagle, CEO do Grupo CMPC, que participaram de um painel no evento.

Estiveram presentes ainda autoridades como o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, e a secretária Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. Logo após o evento, em coletiva de imprensa, Sisodia e Ruiz-Tagle realizaram uma coletiva de imprensa, na qual expuseram suas visões. “Referimos a indústria na qual atuamos como a indústria do futuro, à qual tem um impacto importante na geração de produtos baseados em materiais naturais, a fim de substituir o plástico. Temos muitos desafios com a mudança do clima, como, por exemplo, redução da temperatura do planeta ou captura de carbono”, afirmou Ruiz-Tagle.

“Nosso movimento começou em 2008, em um momento em que a crise financeira global estava acontecendo. Já tínhamos uma consciência sobre a mudança climática, mas acho que, depois, ela se tornou muito mais pronunciada. A grande diferença da evolução ao longo do tempo é um reconhecimento mais profundo do fato de que estamos todos conectados e nossos destinos estão interligados. Estamos no mesmo barco. Há um senso de urgência sobre muitas destas questões agora”, alertou Sisodia.

Sobre a pandemia, que afetou diversas decisões a nível mundial, Sisodia comentou que “ela nos ensinou que podemos mudar muito rapidamente”. “Acho que aprendemos muitas habilidades novas durante esse período que precisamos usar à medida que avançamos para lidar com a maior pandemia que é a mudança climática, mas também para lidar com futuras pandemias que podem ser ainda mais graves do que a Covid-19”, avaliou. “Temos que nos apegar a todas as lições que aprendemos e continuar a reconhecer o quão ligados estamos, o quão interdependentes e vulneráveis somos”.

O diretor-geral da CMPC, Mauricio Harger, também presente à coletiva, avaliou o projeto BioCMPC, que está investindo na planta do município de Guaíba, a fim de torná-la mais sustentável, e tanto ele quanto o CEO do Grupo CMPC disseram que o mesmo estará implantado formalmente até 1º de novembro. “Este projeto iniciou durante a pandemia, e ele está sendo desenvolvido em um caminho muito bom. É um projeto para o futuro, que vai reduzir as emissões de CO2, água e demais resíduos”, comentou Ruiz-Tagle.

“Temos um programa formal de fomento e parceria chamado RS+Renda, que tem 30 mil hectares este ano, e estaremos na Expointer, conversando com mais produtores e parceiros”, comentou Harger. O programa em questão é um dos desenvolvidos no estado pela companhia, e busca proporcionar suporte para os produtores rurais iniciarem no cultivo do eucalipto.