Faders lança edital de concurso para intérprete de libras

Faders lança edital de concurso para intérprete de libras

Inscrições vão até 16 de dezembro e podem ser realizadas apenas no site

Felipe Samuel

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A Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (Faders) lançou edital de concurso público para vagas de intérprete de Língua Brasileira de Sinais. A seleção destina-se ao provimento de duas vagas existentes no quadro de empregados da Faders e à formação de cadastro de reserva e, ainda, ao preenchimento das vagas que surgirem no decorrer do prazo de validade do concurso, que será de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período, a contar da data de homologação do certame.

O salário base é de R$ 2.515,87 para 40 horas semanais. As inscrições vão até 16 de dezembro e podem ser realizadas apenas no site. O valor da taxa de inscrição é R$ 92,64. O diretor-presidente da Faders, Marquinho Lang, afirma que o trabalho dos intérpretes é importante e reforça que há necessidade de contratar mais profissionais dessa área. "Infelizmente tivemos autorização para apenas duas vagas, a gente pediu até mais, porque a demanda é grande", assinala, acrescentando que a Faders é o único órgão do Estado que tem previsão legal para ter intérprete de libras diretamente ligada à instituição.

Conforme Lang, muitos cursos realizados pela instituição são por meio de Ensino a Distância. "A gente além de fazer isso precisa gravar os cursos e deixar à disposição. E a gravação tem que fechar com áudio para ter total acessibilidade. Para nós fica muito difícil hoje", ressalta. Lang ressalta que para cada evento é necessário contratar um intérprete. "Hoje a gente tem que estar contratando os intérpretes para cada evento que a gente tem. Então fica muito pesado. E as intérpretes têm que ficar revezando a cada 20 minutos, porque elas têm que trocar, senão não aguentam", destaca.

Além de abrir vagas para intérprete de libras, a Faders também trabalha na criação de uma Central de Intérpretes de Libras (CIL). "Seria uma central que poderia atender virtualmente uma pessoa, por exemplo, que está em Uruguaiana e precisa de atendimento em algum posto estadual. Ela poderia acessar de lá. Imagina chegar num balcão (para atendimento) e não conseguir se expressar?", afirma. Conforme Lang, a ideia é facilitar o atendimento a pessoas com deficiência auditiva. "Não sei se tem algum hospital que tem esse serviço, principalmente hospitais de municípios menores. Imagina uma pessoa chegar com urgência, cheia de dor, sozinha, surda, e não conseguir se comunicar", destaca.


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