Falta de chuva obriga Frederico Westphalen a abastecer centenas de famílias do interior do município

A Administração Municipal de Frederico Westphalen, no Norte do Estado, informou que mais de 300 famílias que residem na zona rural são abastecidas com carros-pipa do município. Os caminhões recolhem água da Corsan, na Estação de Tratamento (ETA), na cidade e seguem para seis localidades onde, devido à falta de chuva, residem famílias que enfrentam o problema da falta de água até para preparar alimentos.

Segundo o prefeito José Alberto Panosso, são transportadas, em média, 110 cargas de água – oito mil litros em cada caminhão – até seis localidades. “Os problemas mais sérios de desabastecimento são registrados nas localidades de Osvaldo Cruz, Barra do Braga, Alto Castelinho, Linha Iraí e Linha Brondani, regiões onde até poços artesianos secaram devido às baixas precipitações pluviométricas registradas nos últimos meses”, disse.

Passo informou, ainda, que açudes nas propriedades também estão secando, o que obriga o município a transportar água também para abastecer os rebanhos bovinos e pocilgas de suínos. “Neste caso a água é recolhida dos rios que ainda apresentam uma boa vazão e assim conseguimos socorrer as propriedades”, observa.

A falta de chuva também obrigou a Corsan de Frederico Westphalen a ativar o Sistema Fortaleza localizado em Seberi, garantindo assim o fornecimento de água potável para a cidade e também o vizinho município de Caiçara, distante 10 km. A barragem do Rio Pardo, na Vila Faguense, interior de Frederico Westphalen, onde normalmente é captada a água para ser tratada na ETA, no bairro Itapagé, reduziu drasticamente o nível de água.

O Sistema Fortaleza constitui-se numa estrutura de captação de água localizada no rio Fortaleza, no vizinho município de Seberi. A água segue por uma tubulação até o distrito de Osvaldo Cruz, em Frederico Westphalen, e segue pelo curso do rio Pardo até o ponto de captação na Vila Faguense, de onde é canalizada por uma distância de 2,5 km até a ETA na cidade.

A falta de chuva na microrregião de Frederico Westphalen também afeta o setor da agricultura. O presidente da Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen (Cotrifred), Élio Pacheco, disse que as perdas nas lavouras de milho chegam a 40 por cento. “São perdas muito elevadas e que, se não chover forte nos próximos dias, a situação tende a se agravar ainda mais”, avalia Pacheco.