Faltas a consultas com especialistas chegam a 70% em Santa Cruz do Sul

Faltas a consultas com especialistas chegam a 70% em Santa Cruz do Sul

Os maiores índices de faltas ocorrem nas áreas de traumatologia, cardiologia e dermatologia

Otto Tesche

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O alto índice de pacientes faltantes a consultas médicas marcadas com especialistas preocupa a Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul. O percentual chega a 70%, dependendo da especialidade, no Hospital Santa Cruz (HSC), e se agravou nos últimos meses. No Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), o número de pessoas que não desmarca as consultas e não aparece chega a 45%.

A secretária de Saúde, Daniela Dumke, afirma que a situação se agravou pela pandemia e que, quanto mais demorado o agendamento, maior a incidência de faltas, especialmente em especialidades com demandas maiores ou dificuldades de profissionais da área. Os maiores índices de faltas ocorrem nas áreas de traumatologia, cardiologia e dermatologia. Conforme Daniela, isso provoca aumento de filas, cria um panorama ilusório sobre a real situação do quadro de saúde do município e gera custos de deslocamento e manutenção dos serviços contratados.

Além do Cisvale, são prestadores de serviços a Unidade Ambulatorial Acadêmica (UAA) do Hospital Santa Cruz (HSC), serviço de referência em Oftalmologia do HSC e serviço de referência em Otorrinolaringologia no Hospital Monte Alverne. A secretária Daniela afirma que o índice aceitável de não comparecimentos é entre 10% e 15% do total de agendamentos.

Os serviços entram em contato com os pacientes por telefone e realizam uma dupla checagem da intenção de comparecimento. “É importante que o usuário entenda que uma falta não comunicada gera transtornos não só para a gestão da Saúde, mas também para a comunidade, que acaba aguardando em fila”, afirma Daniela. Ao faltar em uma consulta sem comunicação prévia, exceto por razões que justifiquem, o paciente tem o nome retirado da lista de espera e, se quiser retomar o tratamento, irá para o fim da fila. A Gestão Municipal de Saúde pretende desenvolver ações educativas na rede municipal de saúde para sensibilizar os usuários.


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