Famílias permanecem Ilhadas em São Jerônimo

Famílias permanecem Ilhadas em São Jerônimo

Em ruas do Centro da cidade, os barcos são a única forma de locomoção possível

Paula Maia

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Em São Jerônimo, a situação continua crítica para algumas famílias que permanecem ilhadas, principalmente em ruas do bairro Centro, como a Travessa Jacuí que está submersa. A única forma de locomoção disponível é através de barcos. Agentes de segurança e voluntários dedicados entregam suprimentos básicos de higiene e alimentos para aqueles que optaram por permanecer em suas residências, mesmo com o aumento do nível do Rio, que cobriu uma parte significativa de suas casas.

Maik Porto, residente na travessa há 27 anos, é um desses moradores que preferiram ficar em casa, alegando estar preparado para essa situação devido à previsão do tempo e sua experiência anterior. Ele construiu sua casa mais elevada para evitar danos causados pelas enchentes.

No entanto, a casa de seu pai, Orlando Rodrigues, é  mais baixa e foi afetada pela inundação, chegando até a janela. Mesmo assim, Orlando recusou-se a sair, argumentando que estava preparado e contou com a ajuda de seu filho para proteger seus pertences ao elevar os móveis. Sua única lamentação é a falta de energia elétrica. Nesse cenário desafiador, pai e filho dedicaram o dia inteiro a ajudar seus vizinhos, transportando pertences e prestando assistência no que era possível.

Em ruas de São Jerônimo, os barcos são a única forma de locomoção possível. Foto Guilherme Almeida

Enquanto isso, em Charqueadas, cidade vizinha, a situação começa a se normalizar. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Lucas Ataia,  "as pessoas estão retornando para suas casas e rio Jacuí está recuando cerca de 50 centímetros por hora".

Enquanto isso, os órgãos de segurança permanecem atentos para atender as famílias que necessitem de apoio.


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