Famílias reivindicam regularização de área em Gravataí
Comunidade pede desmembramento de espaço, pertencente ao Estado
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Um dos líderes do movimento, o educador popular Paulo Becker, de 42 anos, diz que o direito a endereço ou CEP é o que dá condição a cadastros, a serviços de saúde, matrículas em escolas, empregos e crédito. “Cerca de 70% da comunidade não tem serviços básicos, como água potável e luz. Não temos recolhimento de lixo nem ruas pavimentadas. Precisamos do desmembramento da área para pleitearmos a regularização fundiária e termos condições dignas de vida”, afirma. Segundo ele, houve tratativas com governos passados, que acabaram sendo interrompidas. “Até hoje buscamos e lutamos por uma solução. Nós merecemos isso.”
A Secretaria Estadual do Obras, Saneamento e Habitação informou, por meio da assessoria, que aguarda pela execução do levantamento topográfico da área ocupada para que seja possível realizar o desmembramento. Segundo a pasta, há poucas pessoas especializadas neste tipo de serviço e atualmente a prioridade é para a questão dos presídios, cujas áreas também carecem de trabalho semelhante. Não há ação judicial envolvendo o local, mas, conforme a secretaria, para que seja feita qualquer obra de infraestrutura, primeiro deve acontecer o desmembramento e depois o processo de regularização.