Federação Varejista do Rio Grande do Sul divulga balanço econômico e anuncia projeções para 2024

Federação Varejista do Rio Grande do Sul divulga balanço econômico e anuncia projeções para 2024

As vendas no comércio gaúcho conquistam alta de 2% e ficam acima da média nacional

Paula Maia

As informações foram transmitidas pelo presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner, acompanhado do vice-presidente, Marcos Carbone

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A Federação Varejista do Rio Grande do Sul revelou, em um encontro realizado em sua sede em Porto Alegre, os dados referentes ao balanço econômico do primeiro trimestre deste ano e projeções econômicas para 2024. As informações foram transmitidas pelo presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner, acompanhado do vice-presidente, Marcos Carbone. 

O presidente da Federação Varejista do Rio Grane do Sul, Ivonei Pioner, mencionou que, apesar da queda de 2,6% durante a pandemia em 2020 - uma das menores do país - , houve um crescimento de 3,1% em 2021 e um crescimento ainda maior do que o esperado em 2022, que alcançou 8%. Para 2023, a projeção foi superada, consolidando-se em 2%, acima da média nacional.


No entanto, o varejo ampliado no Rio Grande do Sul registrou uma queda mais acentuada em comparação com o país: -6,3% em 2020, seguido por 5,7% de crescimento em 2021, 3,9% em 2022 e apenas 1,1% até o momento em 2023. Pioner atribuiu essa discrepância ao impacto de eventos climáticos como enchentes e estiagem que prejudicaram a região gaúcha.

“Ao longo do ano de 2023, observamos uma desaceleração no ritmo de crescimento das vendas no comércio. Esse fenômeno indica que as vendas mantiveram-se ascendentes, contudo, a um ritmo mais moderado em comparação com períodos anteriores. No cenário estadual, o crescimento concentrou-se principalmente nos setores ligados à mobilidade e em produtos essenciais”, afirmou o presidente da Federação Varejista do Rio Grane do Sul, Ivonei Pioner.


Além disso, ele destacou setores que impulsionaram o crescimento como veículos, motocicletas e peças (10,5%) seguido de artigos farmacêuticos e médicos (5,8%) e Combustível e lubrificante (5,6%). O pior desempenho foi o atacadista de alimentação e bebidas com redução de 12,5%; jornais, livros, revista e papelaria (-9,3%) e tecidos, vestuário e calçados (-8,1%). O presidente também alertou sobre a possibilidade de um aumento significativo nos preços dos combustíveis em 2024, após uma queda neste ano.

 

Sobre a inadimplência, Pioner mostrou uma queda acentuada no mês de outubro de 2023 alcançando 3.1%. Os patamares vinham oscilando de 6% a 8% de janeiro até setembro. Os maiores credores são os bancos (59,3%) seguidos de fornecedores de água e luz (13,2%). O comércio aparece logo atrás com 9,4%.

No contexto gaúcho, as projeções para o encerramento de 2023 revelam uma perspectiva otimista com a expectativa de uma queda na taxa de desemprego e um aumento na renda média da população. Apesar desses indicadores positivos, é importante notar que a inadimplência continua a crescer, embora a taxas substancialmente inferiores às observadas no início do ano.


Ainda assim, a evolução do panorama do consumidor aponta para um ambiente propício ao consumo. A redução do desemprego e o aumento da renda média contribuem para fortalecer a capacidade de compra da população, sinalizando uma possível retomada do dinamismo econômico no estado. É fundamental acompanhar de perto essas tendências, pois elas têm implicações significativas tanto para o mercado como para a qualidade de vida dos cidadãos gaúchos.

A projeção do ano de 2024 ante o ano de 2023, segundo o Boletim Focus mostra que o comércio e serviços pode ser o setor com mais expressivo crescimento, tendo a previsão de alta de 1,8%. Após aparecem indústria 1,4% e agropecuária com 1,3%.

O presidente da Federação Varejista também abordou o programa "Desenrola" durante seu discurso. Ele destacou que o governo teve que reformular o programa e envolveu os bancos como financiadores e intermediários. Com isso, Pioner expressou preocupação quanto ao impacto desse programa, mencionando que se uma pessoa não estruturar sua situação financeira adequadamente, ela pode temporariamente retornar ao mercado como consumidora, mas em seguida, pode voltar à condição de devedora, possivelmente em uma situação pior do que antes.

A Federação Varejista também divulgou a realização do primeiro Fórum Estadual do Comércio nos dias 22 e 23 de maio de 2024, o 2º Encontro da Mulher Empreendedora previsto para o correr em 29 de agosto e a 57ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, de 18 a 22 de setembro.


Correio do Povo
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