Federasul celebra atividades deste ano e destaca projeções econômicas para 2023

Federasul celebra atividades deste ano e destaca projeções econômicas para 2023

Almoço aconteceu em sua sede, no Palácio do Comércio, em Porto Alegre, nesta quinta-feira

Felipe Faleiro

Rodrigo Sousa Costa é o novo presidente da Federasul

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A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) promoveu, nesta quinta-feira, em sua sede, no Palácio do Comércio, em Porto Alegre, um almoço em celebração às atividades de 2022 e destacou as projeções econômicas para 2023. O encontro, reunindo jornalistas e autoridades, contou com a presença do presidente Anderson Trautmann Cardoso, que está de saída do cargo, e do novo, Rodrigo Sousa Costa. A posse de Rodrigo ocorre nesta sexta-feira.

“Neste cenário complexo, o papel dos jornalistas se torna ainda mais relevante. Precisamos cada vez mais de união para avançar em pautas que contribuam com o desenvolvimento do nosso Estado e do país”, afirmou Cardoso. O próximo ano será “desafiador” no cenário econômico, destacou o vice-presidente da Federasul, Fernando Marchet, também coordenador da Divisão de Economia da entidade. 

Em sua fala, Marchet apresentou, por exemplo, a projeção de que o PIB nacional deverá crescer 0,7% em 2023, frente a expectativa de aumento de 2,95% em 2022, e o do Rio Grande do Sul, aumento de 4,88% em 2023, frente a uma queda projetada de 0,78% em 2022. No Estado, é projetado que a agropecuária tenha um resultado positivo, crescendo 39,8% em relação ao ano de 2022, que deve encerrar, por sua vez, com queda de 35%, impulsionado em grande maneira pela situação de estiagem. 

Indústria (+1%) e serviços (+1,3%) também devem crescer no ano que vem, tanto no país, quanto no RS, embora com resultados inferiores aos dos dois anos anteriores. Já o agro deve ter maior alta no contexto nacional, de 2,5%, maior do que em 2021 (+0,3%) e 2022 (perspectiva de +1,4%). A consultoria econômica da Federasul afirma que, no caso do RS, fatores como a continuidade do governo, bem como da agenda de reformas, ajuste nas contas públicas, melhoria no ambiente de negócios e na competitividade relativa do Estado são fatores que poderão seguir impulsionando a economia. 

O governo Jair Bolsonaro, que está de saída, também entrega ao presidente eleito Lula “dívida do governo federal estável, queda da inflação e juros em alta, desemprego em queda e alto volume de reservas internacionais”, afirma a Federasul. Atualmente, as taxas de desemprego estão em 7,9% no Brasil e 5,8% no Rio Grande do Sul, ambas elogiadas pela equipe econômica. O crescimento real do PIB do país durante o governo Bolsonaro foi de 6,3%.

Outros fatores que “preocupam” a federação são o teto de gastos em R$ 145 bilhões, com possibilidade de ampliação para R$ 215 bilhões no ano posterior, assim como alguns nomes anunciados pelo governo federal de transição para cuidar da economia, como o de Aloizio Mercadante à frente do BNDES. “Estão sendo colocados pilotos que já derrubaram aviões novamente para pilotá-los”, pontuou Marchet.


Correio do Povo
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