Feira do Peixe em Porto Alegre: Tradição que passa de geração em geração

Feira do Peixe em Porto Alegre: Tradição que passa de geração em geração

Neste penúltimo dia da 244º Feira do Peixe, as atividades continuam a todo vapor até as 22h no Largo Jornalista Glênio Peres, no Centro Histórico. Amanhã o atendimento é até as 13h

Correio do Povo

Nos três primeiros dias da Feira do Peixe foram vendidos 210 toneladas

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Neste penúltimo dia da 244º Feira do Peixe, as atividades continuam a todo vapor até as 22h no Largo Jornalista Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre. Amanhã, encerrando a temporada, o atendimento será das 8h30 às 13h.

Além de abastecer mesas na Sexta-feira Santa, a Feira do Peixe da Capital é um testemunho vivo de histórias e tradições familiares que resistem ao tempo, sustentando gerações ao longo de décadas.

Um exemplo é a família Lousada, residente na Ilha da Pintada, que participa da feira há gerações. “O meu esposo é pescador, nasceu assim, o pai dele era pescador, eu faço feira há 22 anos, o meu filho que está aqui, vem na feira desde a barriga, então a gente já é figura carimbada na feira”, contou Janaina.

Emocionada, a comerciante complementou dizendo que tem muito orgulho em poder participar e sustentar a família com o trabalho do marido pescador. “Tenho muito orgulho desse ofício, porque a gente tira da natureza, respeitando a época de cada peixe e chegar aqui e ver o nosso peixe valorizado é um baita de orgulho. E ver os filhos da gente continuando essa tradição é maravilhoso. Todo o apoio que encontramos da prefeitura neste ano nos deixa muito feliz”, declarou.

Feirantes de diferentes bancas afirmaram que estão testemunhando um movimento notável em comparação com anos anteriores.

William Oliveira, vendedor de tainha assada, afirma que esta é a melhor feira dos últimos 5 anos, enquanto Paula Brandão, que também comercializa tainha junto com suas quatro irmãs, destaca seus mais de 30 anos de participação na feira e afirma que a expectativa de vendas para esse penúltimo dia é grande. Maria do Carmo Brandão vende os famosos peixes no palito e enfatiza que uma feira sem essa iguaria simplesmente não é completa.

As amigas Tânia Carvalho e Nara Camargo moram em Canoas e marcam presença anualmente na Feira. "Eu sempre venho na Feira e no Mercado Público”, afirmou Tânia enquanto comia um peixe no palito.

Ao longo do evento, os visitantes têm acesso a 40 bancas repletas de pescados resfriados e congelados, além de quatro bancas oferecendo alimentos processados, como a tainha assada na taquara, bolinhos e espetinhos de peixe.

De acordo com a Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação Política (Smgov), responsável pela organização da feira, os principais peixes comercializados são a Tainha e os filés de tilápia, tainha e merluza. Segundos dados da estimativa de vendas, no primeiro dia de Feira do Peixe foram comercializados 40 toneladas, no segundo, 70 toneladas, e no terceiro, 100 toneladas.

Uma novidade neste ano foi o investimento da prefeitura na infraestrutura, assumindo os custos dos feirantes. Segundo o secretário da Smgov, Cassio Trogildo, o investimento de R$ 400 mil garantiu uma experiência ainda mais positiva para feirantes e visitantes.

Valores de peixes frescos e congelados

Tainha de R$ 25 a R$ 35
Tilápia de R$ 30 a R$ 50
Merluza de R$ 29,90 a R$35
Pintado deR$10 a R$25
Camarão de R$30 a R$55
Anchova de R$22 a R$25
Panga de R$35 a R$40
Filé de R$25 a R$50
Viola de R$30 a R$40
Carpa R$25 kg
Bolinho de peixe R$25

Peixes processados:
Tainha na Taquara de R$40 a R$50
Bolinho de peixe R$5,00
Filé de viola R$ 10,00 porção


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895