Feira reúne receitas veganas na Capital

Feira reúne receitas veganas na Capital

Primeira edição da Feira Vegana de Porto Alegre ocorreu no 4° Distrito

Felipe Samuel

Bruna oferecia pizzas e falafel de grão-de-bico servido com requeijão de castanha

publicidade

Alimentos, bebidas e produtos variados livres de exploração animal foram as principais atrações deste domingo da primeira edição da Feira Vegana de Porto Alegre no 4° Distrito. Quinze expositores instalaram tendas em uma fábrica localizada na avenida Brasil, na Zona Norte, onde ofereciam pizza, sushi, hambúrguer, pastel, cerveja artesanal, tortas, doces e salgados, com opções livres de glúten. Mais do que mostrar a variedade de produtos veganos, a iniciativa visa angariar recursos para ONGs que cuidam de 295 animais.

Conforme a organizadora da Feira Vegana, Taís Duranti Pereira, o evento beneficente é realizado desde 2014. “Não tem só alimentos, mas também tem comésticos, bebidas, brechó beneficente, uma infinidade de produtos”, destaca. Ela afirma que o objetivo principal da feira é mostrar que a comida vegana não é “uma comida sem sabor”. “O foco do veganismo não é saúde. E tem produtos que não são focados nisso. A gente tem muita fritura, junk food. O foco do veganismo é mais pela questão da exploração animal, da não tortura de animais”, completa.

Formada em gastronomia, Bruna Casagrande Corrêa era uma das expositoras. Acompanhada do marido Tiago Vieiras da Silva, ela oferecia produtos que não levam farinha de trigo, como pães, bolos, pastéis e pizzas. “Um dos carros-chefes são as pizzas e falafel de grão-de-bico servido com requeijão de castanha. Tem pão de melado recheado com doce de leite de castanha coberto com chocolate”, ressalta. “As pessoas estão buscando entender melhor o consumo do glúten, do leite, o quanto faz mal para o corpo”, observa.  

Bruna avalia que existe pré-conceito com relação à comida vegana. “Muitas vezes as pessoas comem no dia a dia uma comida que não tem derivados de animal e nem sabe que não tem. Esse tabu está sendo quebrado”, afirma. Ela explica que muita gente que não é vegana gosta dos produtos. “Entendem que faz bem para o planeta, para os animais e para o corpo. Essa composição tem que trazer para a conscientização. No momento que se consegue unir essas três coisas, que é cuidar do planeta, dos animais e do próprio corpo, esse é o principal ponto de entendimento”, frisa.

Proprietário fábrica da Plin Kombucha, Flávio Gabriel Carazza Kessler oferecia uma bebida fermentada feita pela mistura de bactérias e fermento no chá, chamada de kombucha. “As pessoas gostam de tomar como substituto para refrigerante natural. É boa para a saúde e ajuda no trabalho da flora intestinal”, explica, acrescentando que é uma bebida artesanal probiótica. De olho no crescimento do mercado da kombucha, Kessler projeta comercializar entre 300 a 400 litros do produto por mês.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895