Fepam emite licença prévia para complexo aeronáutico em Guaíba

Fepam emite licença prévia para complexo aeronáutico em Guaíba

Complexo com pista e fábrica de aeronaves terá investimento de R$ 3 bilhões em dez anos

Correio do Povo

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Integrantes da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) entregaram, nesta terça-feira (28/11), à empresa gaúcha Aeromot a licença prévia (LP) referente ao AeroCITI, complexo aeronáutico que deve ser instalado no distrito industrial de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O investimento total, ao longo de dez anos, é estimado em R$ 3 bilhões.

“A AeroCITI será uma fábrica que agrega inovação. Por meio deste ato, o Estado reforça que está aberto a receber empreendimentos desse porte, com destaque para a neo-industrialização, processo que une modernização e compromisso ambiental, alinhando o Rio Grande do Sul a esse movimento industrial mundial”, destacou a titular da Sema, Marjorie Kauffmann. 

O projeto é uma parceria da Aeromot com a empresa austríaca Diamond Aircraft, cujos direitos de fabricação foram adquiridos e prevê a construção de uma fábrica de aeronaves e de uma pista de 1,8 mil metros de extensão. Por mês, o complexo terá capacidade de produzir dez bimotores (modelo Diamond DA62), realizar a manutenção de 30 aeronaves e fabricar cinco toneladas de peças para aviação. 

O terreno que deve receber o complexo aeronáutico está em uma área do municípios de Guaíba onde a montadora de automóveis Ford cogitou instalar uma fábrica na década de 1990. Em setembro de 2021, o espaço, de aproximadamente 538 hectares, foi cedido pelo Estado à Aeromot para a realização de estudos técnicos para avaliar a viabilidade da construção do empreendimento.

Se for constatada a viabilidade, a área deve ser adquirida pela empresa. A expectativa da Aeromot é que a obra comece no segundo semestre de 2024. Já o início da operação ficará para o fim de 2025.  

“A Fepam, durante esses anos em que o terreno esteve sob a propriedade do Estado, já havia licenciado empreendimentos para outras empresas, porém, as instalações não se confirmaram. Isso facilitou a avaliação do complexo aeronáutico, pois os aspectos ambientais da área já eram de conhecimento da equipe de análise. Além disso, as atividades de produzir aeronaves e realizar manutenção compreendem operações de pleno conhecimento da fundação”, observou o presidente da Fepam, Renato Chagas. 

A LP é o primeiro estágio do processo de licenciamento ambiental do AeroCITI, que em breve deve realizar o pedido da licença de instalação, etapa que autoriza o início das obras.


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