Festa na Rua volta a ser realizada em Porto Alegre celebrando tradições judaicas
Cinco mil pessoas devem passar pela rua General João Telles, no bairro Bom Fim, neste domingo
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Com um público estimado em cinco mil pessoas, a 33ª Festa na Rua, promovida pela Federação Israelita do Rio Grande do Sul, com apoio de outras entidades, ocorre neste domingo no bairro Bom Fim, em Porto Alegre. O tradicional evento, que em 2023 celebrou os 75 anos de fundação de Israel, retorna depois de três anos de efeitos da pandemia, novamente com grandes diversidades cultural e gastronômica. E para quem não conhece as tradições judaicas, foi uma oportunidade de entrar em contato com as mesmas. A presença do sol contribuiu para a chegada das famílias.
Os visitantes podem conferir o strudel, o falafel, além de outros itens da culinária, indumentária, literatura e decoração do povo judeu, em barracas dispostas ao longo da rua General João Telles, onde o evento comumente ocorre. O vice-presidente da Organização Sionista do RS e um dos criadores da festa, Luis Davi Leventhal, externou um sentimento de felicidade ao ver o retorno do evento. “Nesta festa, procuramos transmitir as tradições e alegria dos judeus, apesar de tantas guerras e conflitos. Buscamos levar isto de pai para filho, de avô para neto”, afirmou ele.
Organizações não-governamentais (ONGs) também expuseram itens à venda ou exibiram seus trabalhos. “Este evento tem caráter muito democrático. A Prefeitura nos auxiliou na realização do mesmo, e temos de agradecer isto, nos cedendo gazebos e auxiliando no trânsito. Seriam 36 anos de festa, mas interrompemos ela devido à pandemia, e, até então, nunca havíamos deixado de fazê-la”, observou Leventhal.
Na barraca da regional RS da Organização Sionista Internacional das Mulheres (WIZO, na sigla em inglês), as participantes expuseram itens culinários, livros e artigos decorativos. Elas disseram que muitos dos pratos da culinária judaica têm paralelo com os árabes, em que pese haver conflitos históricos entre ambos os povos, e os judeus da diáspora acabaram levando estas tradições para outros locais do mundo, como a Polônia e a América.
No entanto, a cozinha judaica acaba sendo muito mais influenciada pela culinária mediterrânea, já que Israel está situado na região. A aposentada Leniza Kautz Menda, voluntária da organização, aproveitou para conferir os itens e levar alguns para casa. “Com certeza vou levar este strudel, que é maravilhoso”, comentou ela. “Aqui é um grande ponto de reencontro. Tem gente que vem gente de fora, de outros municípios para ver seus familiares e encontrar os seus amigos daqui. É possível ver que há muitos jovens e pessoas idosas, todos em um ambiente de celebração”, afirmou Leventhal.