Fios e galhos atormentam moradores do bairro São João, em Porto Alegre

Fios e galhos atormentam moradores do bairro São João, em Porto Alegre

A poda foi executada pela CEEE Equatorial há duas semanas

Paula Maia

Moradores pedem providências

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Moradores do bairro São João de Porto Alegre alegam descontentamento e frustração diante da falta de ação e resposta da CEEE Equatorial. Além da falta de luz constante no bairro, e a falta de informação específica do motivo do problema, os moradores estão convivendo com galhos e restos dos vegetais na calçada da rua Coronel Camisão que permanece no local desde a poda executada pela Companhia de energia, há duas semanas.

Marlova Santos, mora no bairro há seis anos, e contou que os galhos estavam no meio da rua e os moradores colocaram na calçada para poder liberar a via para os carros. Ela também revelou que havia registrado três protocolos no canal 156 da prefeitura solicitando o corte das árvores que atingiam os cabos de energia.

"Depois de dois dias sem luz eles cortaram isso aqui na madrugada de sexta pra sábado. Trabalharam toda a madrugada e deixaram isso no meio da rua”, disse

José Oliveira, morador do bairro há 15 anos, também demostra indignação com toda a situação e afirmou que o problema não se limita apenas aos cortes de energia, mas também à falta de manutenção adequada por parte das empresas responsáveis.

Francisco Marques Dacanal, morador no bairro há 12 anos, afirmou que a falta de luz é praticamente semanal, mesmo sem eventos climáticos. E esse problema já acontece há anos, sem ter um motivo explicado pela CEEE Equatorial.

Ele também apontou que os cabos elétricos e de operadoras de internet foram deixados expostos após os reparos. E que são um perigo em potencial para os moradores e quem passa pela rua.

"Não sei bem como me sinto, cansado, bobo, não sei. Raiva, um monte de sentimentos, mas na verdade não é a questão minha pessoal, é o condomínio, é o bairro. Assim como a gente já ficou quatro dias sem luz, tem outros bairros que estão vários e vários dias sem luz, então a gente é só mais uma parte de todo o problema que os portoalegneses enfrentam com a CEEE Equatorial”, declarou Dacanal.

Até a publicação desta matéria, a CEEE Equatorial não havia respondido sobre o recolhimento dos vegetais na calçada


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