Frequentadores da orla relatam preocupação com baixos níveis do Guaíba
No entanto, marca de 47 centímetros registrada hoje está dentro da média histórica do mês
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O nível do Guaíba, no Cais Mauá, em Porto Alegre, registrou aumento de seis centímetros às 10h desta quinta-feira, na comparação com 24 horas antes, segundo a régua mantida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), passando de 41 para 47 centímetros, mesmo nível médio histórico de janeiro, conforme apontou no início deste ano a MetSul Meteorologia, citando dados de autoridades portuárias e de praticagem. No entanto, no comparativo com a tarde de quarta-feira, houve uma queda de 31 centímetros nesta medição.
Quem frequenta a orla, especialmente nos trechos em que há mais bancos de areia e sujeira acumulada, como no trecho 1, se diz assustado com o cenário. O casal formado pela auxiliar administrativa Joce Acunha e o motorista de aplicativo Alexandre Gomes, mora em Florianópolis, mas ambos são gaúchos e estão visitando familiares em Porto Alegre. Eles estavam sentados hoje pela manhã próximos a pista de skate, observando a paisagem.
“Está uma diferença bem grande do que pode ser visto em Santa Catarina. Aqui sempre é bem cheio de gente, e é triste ver esta sujeira toda acumulada. Dá pra ver toda a poluição no Guaíba. Faz diferença até no turismo”, comentou Joce. O também casal Maria de Lourdes Karlinski, pedagoga aposentada, e o aposentado Fernando Gomes, estavam caminhando pela orla. Maria de Lourdes, inclusive, conta que trabalhou no projeto da requalificação da orla, e afirma que ainda cabem melhorias a serem feitas no local.
“Seria o momento agora de a Prefeitura recolher esta sujeira toda que está na beira do Guaíba. É possível ver troncos de árvores, mas também pneus, TVs, todos os tipos de coisas”, disse ela, opinando também que se diz preocupada com a erosão em trechos do passeio público da orla. Houve problemas no abastecimento de água por parte do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) no último final de semana, causados por fatores como o vento, que favoreceu o escoamento da água para a Lagoa dos Patos, e o acúmulo de areia, causando turbidez na mesma. Problemas estes, de acordo com o Dmae, que já estão resolvidos.
