Funcionários de ônibus intermunicipais realizam paralisação em sete cidades região Metropolitana

Funcionários de ônibus intermunicipais realizam paralisação em sete cidades região Metropolitana

Ato afeta municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão

Correio do Povo

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Funcionários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana de Porto Alegre (SindiMetropolitano) realizam na manhã desta quinta-feira uma paralisação em sete cidades da região: Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão.

De acordo com o SindiMetropolitano, não estarão disponíveis, nas tabelas normais, as linhas das empresas Soul, Transcal, Sogil, Consórcio de Transportes Nova Santa Rita e Empresa de Transporte Coletivo Viamão.

Conforme os rodoviários, foi acordado, por sugestão do TRT4, que nos horários de pico, das 5h30min às 9h e das 16h30min às 19h, sejam mantidos 50% dos serviços e, nos demais horários, 30%.

Conforme a entidade, as empresas ofereceram uma proposta de reajuste de 4,5%, em duas parcelas de 2,25%, o que os trabalhadores rejeitaram, em assembleia geral. Os rodoviários encaminharam, então, uma contraproposta, de 6%, para quando houver aumento de tarifa, mas a patronal ainda não respondeu. A categoria pede 3% na data-base 1° de junho, e os outros 3% dentro de 90 dias.

O secretário do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais da Região Metropolitana (Sindimetropolitano), Alex Araújo, informou que 3 mil trabalhadores do transporte coletivo estão sendo afetados e que não voltarão aos seus postos de trabalho até que uma nova proposta seja apresentada. “Não queremos vincular nosso reajuste ao aumento de tarifa. Não concordamos com esta prática. Ainda corremos o risco de ficarmos sem plano de saúde”, disse. 

O que dizem as empresas de ônibus

Procurado, o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do RS (Setergs) alegou que vem, há meses, alertando sobre a defasagem da tarifa do transporte metropolitano e negociando com os rodoviários a fim de atender os anseios da categoria e evitar a greve.

A entidade informou que, nesta quarta, em reunião de mediação conduzida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), propôs reajuste de 3%, a partir de agosto, completando 6% quando houver o reajuste da tarifa, o que deixou de ocorrer em 1º de junho do ano passado e, na mesma data, neste ano. “A defasagem tarifária já atinge aproximadamente 34%”, menciona o comunicado.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (SEDUR) por meio da Metroplan lamenta a greve iniciada nesta manhã (29), e informa que está fazendo todo o esforço possível para auxiliar na superação do impasse entre trabalhadores e empregadores. Buscando o mais breve possível o pleno restabelecimento do sistema de transporte público metropolitano. 

Infomou ainda que vem empregando todos seus esforços no sentido da melhoria e sustentabilidade do transporte metropolitano, e na manutenção de uma tarifa módica para o usuário. Informamos que em 2021 o estado aportou no sistema de Transporte Metropolitano Coletivo de Passageiros e dos Aglomerados Urbanos do Estado do Rio Grande do Sul, mais de R$ 88 milhões e, em 2022 R$ 80,6 milhões, dos quais já foram pagos R$ 37,8 milhões, restando ainda R$ 42,8 milhões, que já foram autorizados pelo governo, por meio do Decreto nº 57051 de 31 de maio de 2023, e que ainda não foram repassadas às empresas beneficiárias, devido uma ação judicial, que contesta a legitimidade das mesmas. Por fim, estamos fazendo todo o esforço possível para auxiliar na superação do impasse entre trabalhadores e empregadores. Buscando o mais breve possível o pleno restabelecimento do sistema de transporte público metropolitano. 

*Com informações da repórter Fernanda Bassôa 


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