Funcionários do DMLU visitam aterro sanitário em Minas do Leão

Funcionários do DMLU visitam aterro sanitário em Minas do Leão

Iniciativa para conhecer processo de tratamento de resíduos sólidos urbanos integra ações da Semana do Meio Ambiente

Felipe Samuel

Local recebe um total de 4 mil toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos

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Mais de 95% dos resíduos orgânicos e rejeitos produzidos em Porto Alegre são levados para o aterro sanitário Central de Resíduos do Recreio da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), em Minas do Leão. Na unidade localizada na BR-290, distante 80 quilômetros de Porto Alegre, são realizados tratamento de efluentes, captação e queima de biogás e aproveitamento energético. Para conhecer o processo de tratamento de resíduos sólidos urbanos, funcionários do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) participaram nesta quarta-feira de uma visita técnica orientada.

Em um passeio que durou mais de três horas e faz parte das ações da autarquia da Semana do Meio Ambiente, 45 servidores do DMLU conheceram princípios da engenharia e normas operacionais específicas que permitem o confinamento seguro em termos de controle de poluição ambiental, proteção ao meio ambiente e saúde pública. Durante a visita, o grupo conheceu uma área reservada para o aterro sanitário e uma estação de tratamento para efluentes líquidos – composta por filtros biológicos, lagoa aerada e lagoas facultativas –, além de dois banhados construídos com área de 20 mil m2.

Diretor de Gestão e Educação Ambiental do DMLU, Marco Salinas afirma a importância de trazer o corpo técnico até o local. “Visa qualificar e ter uma uma planificação das funções que o DMLU executa desde sua captação do resíduo domiciliar na casa de todos os contribuintes até a sua destinação final, que é aqui no aterro sanitário”, observa. Conforme Salinas, o objetivo é mostrar a quantidade de lixo produzido e conscientizar a população sobre a necessidade de fazer o descarte correto. “Cerca de 50% do lixo descartado em Porto Alegre têm potencial de reciclagem e poderia ser aproveitados”, afirma.

Salinas ressalta que a Capital tem 17 unidades de triagem que empregam mais de 600 famílias, gerando emprego e renda. “Esse material poderia potencializar ainda muito mais para que a gente reunisse mais pessoas e transformasse isso em geração de emprego e renda dentro de Porto Alegre, baixando o custo de aterro sanitário, o que acaba influenciando na vida de todo contribuinte de Porto Alegre”, avalia. O engenheiro Geraldo Reichert, da diretoria de Destino Final do DMLU, afirma que a visita permite que os funcionários conheçam o trabalho realizado no maior aterro sanitário do Rio Grande do Sul.

“A gente trouxe eles aqui para conhecerem um pouco esse trabalho, que é referência na área de disposição final de aterro sanitário”, destaca. Ver essa montanha de resíduos impressiona. E também como a sociedade e cada um de nós gera esses resíduos. O  grande aprendizado aqui é excelência do trabalho, porque realmente é uma aterro sanitário que costumo dizer de letras maiúsculas, bem feito, bem executado, com a preocupação com a segurança ambiental, com o tratamento do resíduo e dos líquidos que saem dos efluentes”, completa.

O DMLU envia em média, diariamente, 1.540 toneladas de material ao aterro sanitário de Minas do Leão, entre resíduos orgânicos e rejeito coletados. O CRVR recebe um total de 4 mil toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos, incluindo o coletado em Porto Alegre e outros cem municípios gaúchos.


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